O Tribunal do Júri de Maceió condenou a 15 anos e dois meses de prisão os policiais militares Valdomiro dos Santos Barros e Aderildo Maris Ferreira e os ex-militares Luiz da Silva Filho, Edgar Romero de Farias e José Carlos de Oliveira. Eles são acusados de assassinar o delegado Ricardo Lessa, irmão do governador de Alagoas, Ronaldo Lessa. Ele foi morto em uma emboscada em outubro de 1991.

Os jurados não aceitaram a tese de negativa de autoria sustentada pelos sete advogados de defesa. O promotor Antiógenes Lyra disse que os álibis apresentados foram forjados.

Os policiais condenados faziam parte de um grupo conhecido como "gangue fardada" que, durante dez anos, seqüestrou e matou trabalhadores rurais, sindicalistas e policiais.

O chefe da gangue, o ex-tentente-coronel Manoel Francisco Cavalcanti, será julgado pela morte de Ricardo Lessa dia 8 de outubro. Ele já cumpre pena de 22 anos por homicídio e contrabando de metralhadora no presídio de segurança máxima de Maceió.