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Família faz protesto para exigir que Valdirene seja libertada
Fabrício Calado Moreira
Do Diário do Grande ABC
17/12/2005 | 08:43
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Um protesto pró-Valdirene Dardin aconteceu sexta-feira, em frente ao Fórum de Mauá. Familiares e amigos da ex-secretária municipal de Finanças, os manifestantes exibiam faixas onde lia-se “Valdirene é inocente” e “Queremos justiça” e cobraram do juiz da 6ª Vara da cidade, Dirceu Brisolla Geraldini, a libertação dela. Geraldini é o autor do decreto de prisão preventiva de Valdirene, que desde 30 de setembro está detida em São Bernardo acusada de sacar R$ 230 mil de conta da Prefeitura entre 2003 e 2004. Segundo funcionários, o juiz só esteve no fórum pela manhã.

A indignação dos parentes deu o tom do ato. Em vários momentos, familiares choraram ao reafirmar a inocência da ex-secretária. “Ela é inocente”, enfatizou a mãe, Maria Célia Dardin, 61 anos, que participou do protesto mesmo se apoiando em uma bengala. Membros da família alegam ter desenvolvido quadros de depressão e angústia por conta do caso. Muitos não dormem direito. “Nós não temos mais vida”, resumiu Dolores Drummond, tia de Valdirene.

Há preocupação especial com a saúde de José Roberto Drummond, 53 anos, tio da ex-secretária. Portador de Síndrome de Down, ele é apegado à Valdirene. “Não entende que ela está presa”, conta a prima de Valdirene Ive Silvestre Sforsin. “Ela cuidava dele, dava até banho”, relata Dolores.

A família promete protestar todos os dias pela liberdade da secretária e diz que passará o Natal com Valdirene na cadeia. A tia conta que a ex-secretária está esperançosa e tem se apegado à fé católica para animar-se. “Ela até ensinou o terço às colegas de cela”, revela Dolores.

Perícia – No protesto de sexta-feira, foram distribuídos laudos feitos por peritos renomados que questionam a autenticidade da assinatura da ex-secretária nas cópias de comprovantes de saques bancários. Segundo familiares, é a prova de que Valdirene foi vítima de armação. “Eu vi os autos do processo, as assinaturas nos recibos não são dela”, garante Ive Sforsin.

Os peritos são Celso Del Picchia, do Instituto Del Picchia, e Tito Gomide. O primeiro fez laudos para o ex-prefeito Paulo Paulo Maluf, e Tito Gomide ganhou notoriedade ao questionar a autenticidade de um documento supostamente assinado por Fernando Collor, presidente deposto em 1992, em um documento.



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