Os social-democratas terminaram em segundo nas eleiçoes para o parlamento da cidade-estado de Berlim, com 22% dos votos, praticamente como em 1995, enquanto que o Partido do Socialismo Democrático ficou em terceiro, com quase 18%, contra os 14,6% anteriores.

Os verdes ficaram em quarto, com 10% dos votos.

Os social-democratas do chanceler Gerhard Schroeder buscaram consolo em seu estável segundo lugar, atrás dos democratas-cristaos de oposiçao, depois de cinco derrotas em eleiçoes estaduais este ano.

O resultado foi mais um parâmetro das persistentes diferenças políticas do que de política nacional.

Dividida durante três décadas, Berlim é a única cidade-estado em que estao representados os ex-alemaes ocidentais e orientais, e a brecha na orientaçao política ficou patentemente clara nesta eleiçao.

No oeste de Berlim, os eleitores apoiaram os democratas-cristaos conservadores com 50% dos votos, enquanto que no leste 40% votaram no ex-comunista Partido do Socialismo Democrático.

Em distritos ocidentais, o PSD quase duplicou seus resultados de 1995, ganhando 42% dos votos.

Seus dirigentes declararam que era uma demonstraçao de que o partido é uma alternativa legítima aos social-democratas e a verdadeira bandeira da ideologia de esquerda no momento em que Schroeder segue um curso centrista.

"Mesmo no oeste estamos sendo aceitos paulatinamente como o partido da justiça social", declarou o dirigente Lothar Bisky, do PSD.

Nos distritos ocidentais que representam três quartos dos votos, os resultados gerais praticamente nao variaram em relaçao aos registrados há quatro anos.

Os democratas-cristaos ganharam as eleiçoes com 40% dos votos, um aumento de 3% em relaçao às eleiçoes anteriores, mas nao foi o suficiente para governar sozinho.