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Lula se compara a ‘uma boa mãe’ para os pobres
Por Das Agências
25/05/2007 | 07:03
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No momento em que o País se vê diante de novas denúncias de desvio de dinheiro público, reveladas pela Operação Navalha da Polícia Federal, o presidente Lula se coloca como contraponto: compara-se a uma boa mãe, que olha para todos os filhos de maneira igual, mas dá maior atenção “aos mais frágeis”.

Dirigindo-se a grupos que se consideram fragilizados, ele aconselhou aproveitar o momento para fazer suas reivindicações. “Muitas vezes se fica discutindo R$ 30 mil, R$ 50 mil e de repente você vê no jornal milhões saindo pelo ralo, sem que a gente possa cuidar dos pobres”, disse.

Lula falou durante cerimônia em Brasília para assinatura de Medida Provisória que cria uma pensão vitalícia de R$ 750,00 para vítimas da hanseníase que viveram em hospitais-colônia, isoladas do convívio social. “O momento é agora. Segundo mandato é para a gente fazer tudo que não fez no primeiro. Fazer mais e melhor. Minha disposição é total e absoluta”, afirmou.

Pensão - A Medida Provisória assinada quinta-feira pelo presidente Lula beneficiará cerca de 3 mil pessoas. Durante a cerimônia realizada no Palácio do Planalto, Lula ressaltou a importância de o Congresso Nacional aprovar a MP para que a concessão do benefício se torne lei.

“Estamos combatendo uma arbitrariedade que foi cometida, e recuperando a dignidade dos doentes”, disse, acrescentando que a ação poderá melhorar a qualidade de vida dessas pessoas.

Depoimentos improvisados de pessoas que viveram em hospitais-colônia emocionaram o presidente no evento. José Arimatéia Costa, que perdeu as mãos, a visão e um dos pés por causa da doença, contou sua história e agradeceu pela assinatura da MP.

Cristiano Torres, da colônia de Marituba, no Pará, também contou sua história. Ele chegou a pedir ao presidente a caneta com que foi assinada a medida provisória. “Vou colocar em um museu”, disse.

Segundo o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, a meta é erradicar a doença até 2010. Até 2005, acrescentou, o País conseguiu reduzir em 25% o número registros de novos casos.




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