O presidente do Internacional, Fernando Carvalho, foi segunda-feira até o Rio de Janeiro, onde se encontrou com o presidente da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). E, diferente do discurso dos últimos meses e até mesmo daquele que tinha no domingo, quando mandou o time voltar para o gramado e comemorar o título com a sua torcida, o dirigente assegurou que seu clube não vai à Justiça Comum. Foi além ao dizer que o Internacional cumprirá "o que for determinado pela CBF". Apesar disso, Carvalho manteve a posição de não desistir do recurso na Fifa e ainda sonha com uma reviravolta no resultado do Campeonato Brasileiro.

"O Inter vai cumprir o que for determinado pela CBF. Mas isso não impede que eu tente todos os recursos na Justiça Desportiva. Já entrei com recurso na Fifa, que foi rejeitado, mas vou recorrer dessa decisão", explicou Carvalho.

Libertadores – A mudança de planos do presidente aconteceu após uma ameaça de que o Colorado poderia ficar de fora da Copa Libertadores, no ano que vem. Carvalho, no entanto, afirma que não teme perder a vaga na competição sul-americana de 2006, em represália por sua briga jurídica. Segundo ele, as ações impetradas na Justiça Comum foram todas de torcedores, sem qualquer ligação com o clube.

O Internacional terminou em segundo lugar no Campeonato Brasileiro, apenas três pontos atrás do Corinthians. Mas o clube gaúcho entende que foi prejudicado pela decisão do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) de anular os 11 jogos apitados por Edílson Pereira de Carvalho. E, caso as partidas remarcadas não tivessem mais valor, os corintianos perderiam quatro pontos e deixariam a liderança para o Colorado.

O pensamento dos dirigentes do Inter não corresponde ao da CBF. Para a entidade, não há dúvidas: o Corinthians é o campeão de 2005, independente das ações de torcedores do Inter na Justiça Comum, questionando a decisão do STJD.