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Mauá. Avenidas João Ramalho e Capitão João. Sete escolas e três blocos.

A cidade prometia um grande Carnaval de rua em 1992, depois de ficar sem desfiles em 1991.

Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
25/02/2022 | 05:23
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Há por aí muito menino
Que se quer fazer fino
E quase na hora da morte
Em matéria de dinheiro
Nem dele conhecem o cheiro
... Coió sem sorte...

E o Congresso dos Democráticos, o clube carnavalesco de São Paulo na virada do século XIX para o século XX, colocou nas ruas o Bloco dos Coiós.

Sobraram versos também para os foliões mais idosos, para a moça que se pinta, para a velhinha gaiteira.

Vivia-se o Carnaval de 1902 e todas essas criações chegaram a ser publicadas no jornal “O Estado de S. Paulo”, edição de 11 de fevereiro daquele ano.

Já em 1992, a Prefeitura de Mauá montou arquibancadas nos dois lados das avenidas por onde passariam as agremiações, revivendo antigos carnavais.

Na década de 1980, o Carnaval de Mauá chegou a rivalizar com os grandes desfiles de Santo André e São Bernardo, tanto que foi oficializado em 1980.

Mauá era uma das quatro cidades do Grande ABC que teriam Carnaval de rua em 1992, juntamente com Santo André, São Bernardo e Diadema.

BLOCOS CARNAVALESCOS
Império do Jardim Oratório
Mocidade Independente do Jardim Zaíra
Leões de Ouro

ESCOLAS DE SAMBA
Camisa Azul e Branco
Beira Rio
Unidos do Silvia Maria
Flor do Morro
Ordem e Progresso
Acadêmicos São João

Na história de Mauá, a Escola de Samba Ordem e Progresso, do populoso Jardim Zaíra, é a mais antiga. Foi fundada, oficialmente, em 28 de junho de 1976, mas já se apresentava anteriormente.

A Ordem e Progresso foi campeã do Grupo Especial em 1982. Em 1992 amargava dez anos sem o título.

Naquele ano, uma oitava escola de samba de Mauá, a Império Mauaense, ficou sem receber a verba especial, por falha burocrática. Mesmo assim, prometia desfilar.

Em Mauá, os festejos carnavalescos perdem-se no tempo.

Na primeira metade do século XX, foliões costumavam fantasiar-se e desfilar pelas ruas de Mauá indo de um clube para o outro, ou seja, da Associação Atlética Mauá para a Associação Esportiva Mauá, sucessora da AE Pilar.

Naqueles momentos, esquecia-se a rivalidade futebolística, que dava lugar à confraternização. Claro, todos se conheciam.

RETROSPECTIVA 1992
Amanhã em Memória: vai ter baile no Lira Serrano...

Crédito da foto 1 – Marcos Manocchi/Banco de Dados (25-2-1992)

HÁ 30 ANOS. Montagem de arquibancadas no eixo das Avenidas João Ramalho e Capitão João: o samba vai correr solto no coração de Mauá

DIÁRIO HÁ MEIO SÉCULO
Sexta-feira, 25 de fevereiro de 1972 – Ano 14, edição 1776

MANCHETE – Bombeiros, agora, buscam os mortos. Imensa fogueira, eis em que se transformou, em poucos momentos, o edifício Andraus, na esquina da Avenida São João com a Rua Pedro Américo, ontem à tarde (24-2-1972). Labaredas enormes saíam das janelas dos andares dos prédios com tanta intensidade que chegavam a danificar os edifícios situados defronte.
Centenas de pessoas estavam presas do pânico e procuravam atingir o terraço, onde estava situado o heliporto. Até o momento tem-se a notícia oficial de dois mortos.

DIÁRIO HÁ 30 ANOS
Terça-feira, 25 de fevereiro de 1992 – Ano 33, edição 8003

MANCHETE – Montadora declara guerra à importação: indústria automobilística quer evitar carros importados. “Para cada carro importado que entrar no País, um deixará de ser produzido aqui”, declarava Jacy Mendonça, presidente da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automores).

INVENÇÃO – Após seis protótipos, o paranaense Tito Ott desenvolveu a roda maluca, um veículo motorizado, de uma roda só, com o qual desfila por Diadema na esperança de conquistar patrocínio.

EM 25 DE FEVEREIRO DE...

1861 – Giuseppe D’Angelo nasce na Comune di San Giovanni a Piro, Província de Salerno, na Itália, chegando ao Brasil em 1879 a bordo do vapor Sud-America. Radicado em São Bernardo, construiu o prédio hoje transformado na Câmara de Cultura Antonino Assumpção, na Rua Marechal Deodoro.

1922 – Do correspondente do Correio Paulistano em Paranapiacaba: acha-se em festa o lar do Sr. Benedicto Dias e de sua senhora com o nascimento de um menino, que vai receber na pia batismal o nome de Aristides.

1967 – Brasil cria o Ministério das Comunicações.

1977 – O prefeito Lauro Michels, de Diadema, anuncia a instalação de pedágios na SP-180 (Avenidas Antonio Piranga e Piraporinha), nas duas entradas da cidade, nos limites com São Paulo e São Bernardo.


SANTOS DO DIA

Valburga (Devonshire, Inglaterra, 710 – Heidenheim, Alemanha, 25-2-779). Enviada à Alemanha com outras religiosas, funda e implanta mosteiros e escolas.
Cesário de Nazianzo
Sebastião de Aparício
Domenico Lentini

Falecimentos  

Maria Ivete Padovesi
(Birigui, SP, 11-7-1949 – São Bernardo, 20-2-2022)

Na história do funcionalismo público de São Bernardo, a presença de Maria Ivete Padovesi. Ela atuou em várias áreas, construiu uma amizade sólida e representou o poder público num concurso que fez muito sucesso na década de 1970: Miss Funcionária Pública do Estado de São Paulo.

Ivete foi eleita a representante municipal em 1971, juntamente com a colega Maria Cecília Provenci, e levou alto o nome de São Bernardo.

Aposentada na Prefeitura, Ivete manteve-se fiel a São Bernardo e contribuiu com a página Memória do Diário, ao descrever o cotidiano de um sobrado que ficava na Rua Santa Filomena e que, nos mesmos anos 70, abrigou órgãos da Justiça Trabalhista – Ivete, entre 1982 e 1984, residiu no sobrado.

“Nos fundos do casarão demolido havia um pé de nêspera (ameixa amarela), já com muitos anos e que jamais tinha dado frutos. Um belo dia, um tempo depois de eu me mudar para o casarão, não é que a árvore começou a se encher de flores, dando muitos frutos”, relembrou Ivete.

Qual o segredo? Água todos os dias e também o adubo necessário.

Ivete era filha de Fiorindo Padovesi e Amélia Silveira Padovesi. Residia no bairro Nova Petrópolis. Parte aos 72 anos e foi sepultada no Cemitério da Paulicéia.

Crédito da foto 2 – Álbum familiar

IVETE. História de vida sempre ligada ao Município de São Bernardo

Santo André

Carlos Gonçalves, 96. Natural de Salto (São Paulo). Residia no bairro Jardim, em Santo André. Dia 22. Memorial Jardim Santo André.

Maria Joana Correia Lopes, 93. Natural de Tietê (São Paulo). Residia no bairro Camilópolis, em Santo André. Pensionista. Dia 22. Cemitério Sagrado oração de Jesus, Camilópolis.

São Bernardo

Sinésio Júlio da Silva, 105. Natural de Areado (Minas Gerais). Residia no Jardim do Mar, em São Bernardo. Dia 21 Cemitério Municipal de São Lourenço (Minas Gerais).

Maria Francisca da Silva, 104. Natural de Juazeiro do Norte (Ceará). Residia no bairro Ferrazópolis, em São Bernardo. Dia 22. Cemitério dos Casa.

Maria de Lourdes Adamo, 92. Natural de São Bernardo. Residia no Centro de São Bernardo. Dia 22.Cemitério de Vila Euclides.

São Caetano

Geralda Maria de Jesus Moraes, 94. Natural de Monte Belo (Minas Gerais). Residia na Vila Palmares, em Santo André. Dia 21, em Santo André. Cemitério da Saudade, bairro Cerâmica.

Orotildes Apolonio dos Santos, 89. Natural de São Caetano. Residia no bairro Barcelona, em São Caetano. Dia 22. Cemitério da Saudade, bairro Cerâmica.

Diadema

Judite Alves de Oliveira, 93. Natural de Ruy Barbosa (Bahia). Residia na Vila Nogueira, em Diadema. Dia 21, em Santo André. Cemitério Municipal de Diadema.

Ribeirão Pires

José Fernandez Perez, 92. Natural da Espanha. Residia no Centro de Ribeirão Pires. Comerciante. Dia 21, em Santo André. Cemitério São José. 




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