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Fundação Sto.André fica sem comando
Por Bruno Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
17/06/2008 | 07:06
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Na iminência de afastamento pelo Ministério Público Estadual, a cúpula de comando da Fundação Santo André não esteve na instituição ontem. O reitor Odair Bermelho já teria limpado as gavetas e retirados seus pertences pessoais da reitoria. Os pró-reitores de Administração e Planejamento e de Graduação apresentaram licenças médicas. A pró-reitora comunitária não foi localizada. O pró-reitor de pós-graduação, Paulo Rogério Stella, foi o único que confirmou ter trabalhado ontem, além do vice-reitor Oduvaldo Cacalano, que faz oposição ao restante da reitoria.

Funcionários da Fundação afirmam que a reitoria soube na sexta-feira que a Curadoria de Fundações do Ministério Público havia pedido o afastamento de Bermelho à Vara da Fazenda do Fórum de Santo André (leia texto abaixo). A reação do reitor teria sido preparar a mudança: ainda na sexta-feira e durante o sábado, Bermelho teria retirado objetos pessoais da reitoria.

Nos bastidores, a informação é que o reitor teria desistido de permanecer na entidade e estaria desaparecido. O advogado de Bermelho, Sérgio Shecaire, nega que o reitor prepare uma fuga, mas diz não saber o paradeiro dele.

O Diário conseguiu contato telefônico com o reitor. "Me dê licença, eu não vou responder nenhuma pergunta" foi a frase que Bermelho disse ao ouvir o repórter se identificar. Em seguida, ele desligou o telefone.

PRÓ-REITORES
O pró-reitor de Administração e Planejamento, Samuel André de Olivera Neto, disse estar de licença médica devido ao acúmulo de trabalho. Ele disse sofrer de problemas cardíacos e dores por conta da pressão no trabalho. Mas afirmou ter trabalhado ontem das 4h até as 9h40, quando passou em consulta na própria Fundação e obteve licença. Oliveira Neto nega que pretenda sair da instituição. "Não tenho ligações políticas. Estou lá para trabalhar", declarou.

O pró-reitor de Graduação, Diolino José dos Santos Filho, também de licença, deve voltar amanhã à Fundação. Ele também estaria sofrendo de problemas relacionados ao estresse.

A pró-reitora comunitária, Maria Amélia Ferreira Perazzo não foi localizada. Funcionários da Fundação afirmaram que ela pretende voltar ao colégio de ensino médio da Fundação, local em que ela é professora concursada, ainda no decorrer desta semana.

O pró-reitor de pós-graduação, Paulo Rogério Stella, informou que trabalhou normalmente ontem, e que pretende fazer o mesmo hoje. Ele disse que desconhece um movimento de saída dos pró-reitores.

Amanhã, professores da Fundação têm uma audiência com o Gaerco (Grupo de Atuação Especial Regional para Repressão e Prevenção ao Crime Organizado) do Ministério Público de Santo André às 14h. Os docentes esperarm que os promotores informem o término das investigações e o pedido de prisão de Bermelho. Os promotores disseram que não poderiam confirmar essas informações ontem.




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