Uma falha similar acomete a versão fílmica de Memórias Póstumas de Brás Cubas, abreviada para Memórias Póstumas (1999) segundo conceito do diretor André Klotzel. Cubas é interpretado por Reginaldo Farias quando cadáver e por Petrônio Gontijo quando jovem. A ironia da morte consciente e estado analítico da vida perde o sentido na abordagem confusa que o diretor de Marvada Carne comete. Memórias Póstumas está agendado para as 18h.
E são memórias, antes dolorosas do que póstumas, o que Austregésilo Carrano oferece em seu livro O Canto dos Malditos, base para Bicho de Sete Cabeças (2000), o filme curto e grosso de Laís Bodanzky que passa às 20h. Carrano, internado arbitrariamente em manicômio por usar maconha, denuncia a rede formada por essas instituições no país. Boa parte delas sequer ouviu falar em Nise da Silveira ao executar os tratamentos. No filme, Carrano é rebatizado como Neto. Mudam os nomes, permanece a ofensiva ao sistema manicomial e à prática medieva de “cura” por meio de eletrochoques. Livro e filme, exercícios de conscientização.
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