O TCE (Tribunal de Contas do Estado) emitiu parecer pela reprovação das contas de 2018 da Prefeitura de Rio Grande da Serra, no governo de Gabriel Maranhão (Cidadania). Cabe recurso na própria corte e, se o resultado for mantido, a Câmara de Vereadores dará a palavra final sobre a contabilidade.

Houve divergência de votos entre os conselheiros da primeira câmara do TCE. Relator do processo, Antonio Roque Citadini votou para aprovação do balanço financeiro, mas foi voto vencido, já que Sidney Beraldo e Cristina Moraes caminharam pela rejeição das contas.

Beraldo indicou que a situação financeira da Prefeitura inspira cuidados e que a gestão de Maranhão pouco fez para tentar mudar o cenário. “A municipalidade não agiu com prudência devida na gestão de seus gastos, ignorando contenção de despesas a fim de obter equilíbrio nas contas públicas.

A tendência de agravamento dos resultados econômico-financeiros”, citou. Citadini, por sua vez, viu esforços da administração de Maranhão. Mas Cristina se alinhou com o voto de Beraldo.

APROVAÇÕES

A segunda câmara do TCE aprovou as contas dos legislativos de São Bernardo e de Ribeirão Pires, do ano de 2017, quando Pery Cartola (PSDB) e Rubão Fernandes (PL), respectivamente, comandaram os parlamentos.

No caso de São Bernardo, a votação é emblemática, já que a última aprovação de balancete da Câmara aconteceu em 2012, quando Hiroyuki Minami (PSDB) presidiu a casa.

“Estou muito feliz porque é uma soma de esforços. Quando assumi a presidência da Câmara, peguei todos os apontamentos e fui fazendo avaliação de item por item. Fiz (as mudanças) com ajuda dos funcionários da casa, de toda procuradoria, dos vereadores, do prefeito (Orlando Morando, PSDB). Conseguimos mudar status quo. Até transformamos a reforma administrativa em modelo da Assembleia Legislativa”, enalteceu Pery. “Todo presidente de Câmara precisa pensar em processo de evolução. Vai ter de mudar, ajustar, mexer. Não quero mais esse cargo, mas se pudesse dar conselho, todos que assumirem devem entender momento e fazer movimentações necessárias.”