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Luxemburgo não vai levar titulares para 'guerra' na Argentina
24/10/2008 | 07:19
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Fernando Dantas/DGABC


A briga generalizada entre jogadores do Palmeiras e do Argentinos Juniors, no jogo de quarta-feira, no Palestra Itália, tem tudo para se repetir no jogo da volta, dia 5, em Buenos Aires. É o que prometem as duas equipes. "Medo eu não tenho nenhum. Se tivesse medo de homem, não sairia na rua. Nossa equipe é muito melhor que a deles e nós vamos lá pra ganhar. Para argentino eu não pipoco", disparou Léo Lima, pivô da briga com Escudero após o jogo.

O ala argentino, que pode jogar no rival Corinthians em 2009, jurou Denílson após a partida e disse que vai "acabar com a carreira" dele se mostrar na Argentina as firulas que exibiu no Palestra. O clima foi tenso desde o início, mas os palmeirenses perderam a cabeça no fim, diante dos erros da arbitragem e da catimba argentina.

A provocação de Escudero e seus companheiros surtiu efeito. "Eles comemoraram de forma desrespeitosa, mas isso faz parte de um jogo assim", disse Vanderlei Luxemburgo.

O técnico se irritou ao ser questionado se faltou malandragem a sua equipe, mas condenou o comportamento de Léo Lima e Diego Souza, os dois mais exaltados na briga, e já admitiu que espera pelo pior na Argentina - a pressão no estádio Diego Armando Maradona será intensa.

O Palmeiras avança às semifinais da Sul-Americana com qualquer resultado de vitória, exceto o 1 a 0, que levaria a disputa para os pênaltis. Mas como o jogo será no dia 5, às vésperas da decisão com o Grêmio (dia 9), Luxa já adiantou que não levará seus principais jogadores para a Argentina, priorizando o Brasileirão.

"Você acha que eu vou expor meus jogadores a uma série de fatores como viagem e um jogo duro lá? E tudo isso dias antes de pegar o Grêmio aqui?! Não sou louco", disse. Segundo Vanderlei, a tendência é que leve "só uns 12 ou 13 jogadores" para a partida com o Argentinos Juniors. O resto ficaria em São Paulo, treinando para o jogo com o Grêmio.

E é aí que o treinador passou a fazer críticas à organização da Copa Sul-Americana. "É um torneio que só atrapalha, porque é feito num momento ruim do calendário e limita aos clubes a inscrição de apenas 25 jogadores."

Segundo o treinador, o ideal seria que a Sul-Americana fosse disputada no primeiro semestre, paralelamente à Libertadores, seguindo o exemplo europeu, que tem a Liga dos Campeões para os clubes do primeiro escalão e a Copa da Uefa para os intermediários - ou seja, dois torneios que se complementam.

"E seria bom também se pudéssemos inscrever uns 30 jogadores. No futebol de hoje, cheio de parcerias, é sempre bom usar torneios como este para observar novos talentos", pregou o treinador.




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