O som romântico da dupla Zezé Di Camargo e Luciano inspirou os casais apaixonados. Os closes do telão nos galãs “sertanejos” arrancaram suspiros e gritos das fãs. No palco, um show tecnicamente perfeito para um público de 15 mil pessoas – número informado pelos organizadores –, no Centro Hípico Amarelinho, em Ribeirão Pires. A abertura e encerramento foram do grupo American Wild West, com sua música country dançante estilo norte-americano.

Este é um rápido balanço da apresentação da dupla, já na madrugada deste domingo. Os artistas fizeram bem sua parte – apenas com um escorregão na letra por parte de Zezé –, enquanto o público se dividia entre admiradores da dupla e apreciadores do gênero country.

“Gosto de dançar, mas vim porque sei que tem muita moça bonita”, disse, antes do show, Marcel Morais, 22 anos, de Santo André. Sobre a dupla, ele comentou que era “detalhe, detalhe”. Evidentemente, o rapaz era uma minúscula minoria.

“Quero ver esse show até o final”, afirmou, animada, Marisa Cristina de Souza, 24, de São Bernardo, dirigindo-se para perto do palco. Com a empolgação do público, quem se deu bem foram os vendedores de lembranças. Uma foto colorida, com autógrafo fotocopiado no verso, era vendida por R$ 1.

O American Wild West parou de tocar à 0h05 e Zé Di Camargo e Luciano entraram no palco à 1h10. O show começou agitado com a dançante Mexe que É Bom. Daí para frente, a maioria das músicas foi do repertório romântico, fazendo clima para beijos demorados e para casais dançarem coladinhos. “Esse momento é gostoso para nós”, disse Aparecida Maria da Silva, 29, de Suzano.

Uma produção competente e um repertório de sucessos garantiram a aprovação. Nem o deslize de Zezé comprometeu a apresentação. “Errei a letra, gente. Acho que é a idade”, afirmou o cantor. Luciano entrou na descontração e ajudou a contornar a situação com bom-humor. Apontou para o público e disse para o irmão: “Olha lá. A menina tá oferecendo o encarte com a letra para você”.

Enquanto o show acontecia no palco, as amigas Luana Pereira Souza, 19, e Silvana Souza Rocha, 17, ambas de Mauá, descansavam para dançar mais tarde. “Estamos aqui desde 20h45 e cansamos de esperar. Eles demoraram muito para começar”, afirmou Silvana. Elas chegaram cedo para evitar o trânsito, que fica intenso a cada apresentação de famosos no Amarelinho.

Ao fim do espetáculo, por volta das 3h, o público se aglomerou na única saída disponível na casa noturna. Ao mesmo tempo, voltava ao palco a banda country, e as comitivas se concentraram para dançar e encerrar a noite.