Política Titulo Alvo de operação
Secretário de Saúde de Mauá diz que dinheiro era para pedreiros

Luis Carlos Casarin se pronunciou ontem e disse que os R$ 19,3 mil, em espécie, encontrados em sua residência em Jundiaí são “compatíveis com sua renda

Por Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
18/06/2020 | 00:01
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Celso Luiz/Átila e Casarin em evento de Saúde


Secretário de Saúde de Mauá e um dos alvos da operação policial de segunda-feira que investiga denúncias de superfaturamento no hospital de campanha da cidade, Luis Carlos Casarin se pronunciou ontem e disse que os R$ 19,3 mil, em espécie, encontrados em sua residência em Jundiaí são “compatíveis com sua renda” e que eram para pagar pedreiros que faziam obras em sua casa.

Policiais civis e promotores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público, estiveram na casa de Casarin. Segundo a promotoria, Casarin e o prefeito Atila Jacomussi (PSB) firmaram contratos de gestão e construção do equipamento para combate à Covid-19 com valores muito acima dos praticados pela Prefeitura de Santo André.

Na residência de Casarin, encontraram R$ 19,3 mil, em dinheiro vivo e separado em dois envelopes, dentro de dutos de ar-condicionado. Casarin negou irregularidade.

“Arrombaram a casa, começaram a vasculhar e pediram armas, drogas e dinheiro. Armas e drogas eu não tenho, nunca tive. Quanto ao dinheiro, eu imediatamente entreguei o que tinha, cerca de R$ 19 mil para pagar os pedreiros e ajudantes por uma reforma que estou fazendo (obra que também foi verificada na busca), visto que os pedreiros e ajudantes sequer têm conta bancária”, alegou. “Depois de quase seis anos ininterruptos como secretário de Saúde (além de Mauá, trabalhou em Jundiaí), guardei um pouco para reformar umas coisas em minha casa. Dinheiro absolutamente compatível com meus salários, sacados de minha própria conta. Tudo isso, logicamente, será devidamente comprovado.”

Casarin também contestou a comparação de preços que balizou a operação, dizendo que foram analisados dois contratos de Mauá com apenas um de Santo André, a despeito de o município vizinho ter firmado ao menos dez.

O secretário criticou a conduta dos agentes na operação, argumentando que sua casa foi arrombada às 5h30, “mesmo (eu) atendendo a campainha”. “Forçaram a entrada desnecessariamente”. “Estou bem. Apesar da violência e das marcas na vida que nunca irão passar, além do susto e do sofrimento de pessoas próximas, a Justiça prevalecerá.” 




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