Minha Vida em Suas Mãos é o veículo para Maria Zilda Bethlem estrear como produtora, ao mesmo tempo em que encabeça o elenco. Dirigido por José Antônio Garcia, o longa nasceu de um roteiro fecundado há 18 anos. A autora, Yoya Wurch, apresentou o argumento a Zilda no início da década de 80. Depois de novelas e da guilhotinada da era Collor no cinema nacional, a atriz se sentiu madura para interpretar a professora Júlia.
A maioridade do roteiro, entretanto, não se converte em qualidade. A história de Júlia e seu amor bandido galopa em meio a descuidos ao apostar em um debate ético ou em uma simplicidade pretensamente benéfica. A professora tem sua casa invadida por Antônio (Caco Ciocler), desempregado que se rende à vida criminal. É encarcerada, estuprada, coagida. Até então algemada a um cotidiano casa-universidade, universidade-casa, Júlia exala o fascínio pelo opressor, apaixona-se por ele.
Igualmente enfeitado de morbidez é A Hora Marcada, filme de Marcelo Taranto em que profecias e violência se misturam. Mário Velazques (Gracindo Jr.) é um banqueiro mulherengo cujo código de ética dificilmente o habilitaria para a canonização. Durante uma festa, aborda uma mulher (Joana Medeiros) que profetiza a morte do executivo dentro de sete anos. Na data marcada, Velazques é seqüestrado por Peçanha (Osmar Prado), um antigo colaborador, e descobre que a moça de anos atrás é, na verdade, a Morte. O elenco conta com Fábio Assunção, Tonico Pereira, Beth Goulart e Ester Góes.
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