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Veto à carne brasileira pode durar mais uma semana
Das Agências
23/05/2001 | 09:12
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A Inglaterra pode manter o embargo a toda a carne brasileira devido à febre aftosa até a próxima quarta-feira, dia em que a União Européia (UE) adotará formalmente o embargo à carne do Estado do Rio Grande do Sul, segundo informações de um porta-voz da Comissão Européia.

A partir da próxima quarta-feira, quando a Comissão Européia ratificar o embargo parcial decidido no último dia 15 pelo Comitê Veterinário Permanente (CVP) da UE, a região britânica da Inglaterra terá de cumprir o regulamento da UE e renunciar ao embargo total que impôs após a descoberta do primeiro foco de aftosa no Brasil, dia 6 de maio.

"Espero que os países membros atuem em senso" com a decisão da UE, declarou esta terça-feira o comissário europeu de Saúde e Proteção ao Consumidor, David Byrne. "O Reino Unido deverá adaptar-se ao regulamento da União Européia. Se não o fizer, estará cometendo uma infração", disse também um porta-voz de Saúde e Agricultura. ”Se não o fizer, a Comissão começará um processo de infração contra Londres, com uma primeira carta que recomenda o cumprimento da norma européia”, explicou.

O CVP, que reúne veterinários dos países membros e da Comissão, suspendeu na semana passada as importações de carne do Estado brasileiro do Rio Grande do Sul (Sul), fronteiriço com Argentina e Uruguai, também afetados pela epidemia de febre aftosa e cuja carne também não é exportada para a UE.

Quando terminar a atual campanha de vacinações na região afetada, no final de maio, a UE estudará uma possível autorização das importações de carne fresca e sem osso a partir do início de julho.

Byrne se encontrou nesta terça-feira com o ministro brasileiro da Agricultura, Marcus Vinícius Pratini de Moraes, que se encontra em Bruxelas para pedir aos dirigentes da UE que obriguem a Inglaterra a cumprir as normas.

O ministro brasileiro está aproveitando a visita para promover a agricultura de seu país na UE, principal cliente do Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) e com quem negocia atualmente um acordo de livre comércio.

Até esta terça, foram registrados seis focos de febre aftosa em quatro municípios do Rio Grande do Sul e até sábado tinham sido sacrificados 444 animais.




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