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Busca por órgãos terá apoio do Consórcio

Projeto do Ipes por central na região é encampado pela entidade, que buscará parceria com Estado

Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC
22/04/2017 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


 O projeto do Ipes (Instituto Paulista de Educação em Saúde) para que o Grande ABC ganhe a primeira OPO (Organização de Procura de Órgãos) está prestes a sair do papel. Após protocolar pedido no Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, a entidade pretende seguir com o projeto e solicitar ajuda ao governo estadual.

Segundo a entidade regional, em reunião com a fundadora do Ipes, Wilma Maria de Moraes Carvalho Rosa, e o secretário executivo do Consórcio, Fabio Palacio, ficou firmado apoio à implantação. A OPO é uma estrutura com profissionais da medicina que atua na questão de doação de órgãos, incluindo logística para a procura de doadores, e pode funcionar em um dos hospitais da região.

Conforme Wilma, o número de habitantes nas sete cidades, as quais concentram população de cerca de 2,7 milhões de pessoas, já justifica a organização. Segundo estimativa do próprio instituto, cerca de 1.020 pessoas aguardam por transplante no Grande ABC.

“No Estado são dez OPOs, e seria a primeira na região. Penso que o Hospital Mário Covas e o CHM (Centro Hospitalar Municipal), em Santo André, ou o Hospital de Clínicas, em São Bernardo, poderiam abrigar a organização”, avalia.

Para o funcionamento da OPO seria necessário estrutura com médicos plantonistas, médico responsável, assistente social, psicologo, além de cerca de dez enfermeiros. Todos estariam focados na questão da doação, desde o momento em que o paciente tenha morte encefálica até a conversa com a família e a captação dos órgãos. No local, uma sala e um centro cirúrgico seriam suficientes.

“O trabalho deste grupo é bem significativo porque eles precisam ter um treinamento de quando e como falar com familiares. Os hospitais da região costumam ter uma comissão hospitalar, porém, não são pessoas que cuidam somente desta questão”, contou Wilma. Ainda segundo ela, o custo para o funcionamento é em torno de R$ 20 mil por mês. No entanto, o valor é referente a 2010 e precisaria ser reajustado. “O projeto pode receber investidores. Com isso, fica ainda mais fácil”, acrescentou.

“O Consórcio está abraçando a causa defendida pelo Ipes e vai iniciar as tratativas necessárias com o Estado para pleitear a instalação de OPO em nossa região”, disse Palacio.




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