Prefeito em Diadema por três ocasiões (1993 a 1996, 2001 a 2004 e 2005 a 2008), José de Filippi Júnior (PT) externou na noite de ontem seu apoio ao candidato do PRB à Prefeitura, Vaguinho do Conselho, diante do confronto contra o atual chefe do Executivo e postulante à reeleição, Lauro Michels (PV). Além de manifestar adesão a Vaguinho, Filippi falou em participar da campanha eleitoral, mesmo a três dias do término, atuando como cabo eleitoral.

“Antes eu queria observar e conversar com os meus companheiros de partido para tomar decisão mais coletiva. Por isso, acabou demorando um pouco. Além disso, tive de me ausentar por dez dias por conta de uma viagem. Contudo, meu posicionamento vem, primeiramente, ser contra à continuidade deste governo. Escolhi a alternativa ao que rejeito. Quero manifestar meu apoio. Não tive tratativa, mas me coloco à disposição para ajudá-lo, em determinada agenda, reunião ou outras atividades”, argumentou.

Na terça-feira, o Diário havia anunciado o ingresso do petista na campanha de Vaguinho, sob a tentativa de conseguir, de maneira estratégica, alavancar votos, baseando-se em pesquisas antes da eleição, que mostram recall eleitoral de Filippi. No dia anterior, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e outras centrais sindicais, ligadas à CUT (Central Única dos Trabalhadores) formalizaram adesão ao republicano. No decorrer do segundo turno, Vaguinho buscou se esquivar do apoio de petistas ao seu nome.

Filippi defendeu que seu manifesto “está fora das questões partidárias”. Fez auto-crítica ao lembrar da gestão de Mário Reali (PT), entre 2009 a 2012. “Quando o Mário (Reali) ganhou, quis deixá-lo à vontade (para administrar). Saí do País por um ano para estudar e acho que poderia ter ficado mais presente para ajudar. Acredito que o Vaguinho vai ganhar e vou propor esse auxílio. Livre de composição de governo ou qualquer coisa”, pontuou.

O ex-prefeito classificou Diadema como a “cidade da virada”, citando sua vitória sobre o hoje vereador José Augusto da Silva Ramos (PSDB), em 2004, após derrota no primeiro turno e do próprio Lauro, em 2012, que superou vantagem de Reali na primeira etapa. “Em torno de 50% da população decide o voto nos últimos dias. Penso que, se dialogar com a população sobre os desmandos e descuidos que a cidade vem sofrendo, vamos conseguir reverter”, acrescentou.