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Correios diz que greve
atinge 35% das entregas
Por Vinicius Gorczeski
Especial para o Diário
17/09/2011 | 07:30
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Pelo menos 36,7 milhões de objetos, entre encomendas, cartas e afins, estão parados nos centros de distribuição do País desde quarta-feira, quando teve início a greve dos trabalhadores dos Correios. A afirmação é do presidente da empresa, Wagner Pinheiro de Oliveira, ao declarar que 35% dos 35 milhões de objetos que são entregues diariamente no Brasil não chegaram aos seus destinatários. E 1,950 milhão desse montante é o número parado na região, estima do diretor de formação do Sindicato dos Trabalhadores de Correios e Telégrafos da Grande São Paulo, Anderson Lima de Moraes.

A região metropolitana de São Paulo, segundo o presidente da estatal, é a mais afetada, com 42% de paralisação geral e, entre carteiros, o número sobe a 61%. O Brasil contabiliza 30% do efetivo de braços cruzados; 39% entre carteiros. Na região, garante o sindicato, 90% do efetivo está parado, sendo 5% dentre 22 agências, além de 20 centros de distribuição afetados. Sindicalistas tentaram mobilizar agências ontem em Santo André e São Bernardo.

PLANO - Oliveira afirma que desde quinta-feira há plano emergencial de remanejamento de funcionários para minimizar o problema. "Estamos alocando pessoas de setores menos carentes para os que têm mais problemas. Também começamos a convocar 2.000 trabalhadores, aprovados nos últimos concursos, para o serviço interno. E transferimos esses profissionais para os atendimentos externos."

IMPACTO - Os serviços com hora marcada - Sedex 10, Hoje e Disque-Coleta - são os mais afetados e estão suspensos desde o início da paralisação. O presidente da estatal sustenta que esses serviços só voltarão ao normal com o fim da greve. "Não podemos prometer algo que não temos como entregar na hora marcada", diz o executivo, que apela para a "sensibilização" dos trabalhadores e destaca que a estatal tenta resolver o impasse até segunda-feira.

ACORDO - Sobre negociação salarial, Oliveira sustenta ser "impossível" corrigir a inflação anual mais aumento linear de R$ 400, como pedem os trabalhadores. Os Correios oferecem aumento real de R$ 50 para quem ganha o piso de R$ 807, mas a proposta está suspensa até o fim da greve.




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