Economia Titulo Empregos
Comércio da região fecha 2.178 vagas

Concessionárias, lojas de vestuário e eletrodomésticos contribuíram para a redução dos postos

Por Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
02/12/2015 | 07:00
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Divulgação


Puxado por setores como concessionárias de veículos, lojas de vestuário e eletrodomésticos, o nível do emprego no comércio do Grande ABC ficou 2,3% menor no acumulado do ano até setembro, com o fechamento de 2.718 postos de trabalho. Isso de acordo com dados divulgados pela FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), com base em dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) e da Rais (Relação Anual de Informes Sociais), do Ministério do Trabalho.

Em termos percentuais, o ramo de revendas de carros foi o segundo que mais cortou vagas, com retração de 5,5% neste ano (151 postos fechados). Só perde para lojas de móveis, que tiveram variação negativa de 7%, embora, essa última atividade seja uma das menores entre os subsetores do varejo na região (com 2,8% do total de empregos, ou apenas 3.180 trabalhadores). Todo o setor do comércio nos sete municípios emprega hoje 113,9 mil pessoas.

No entanto, em números absolutos de empregos existentes, a área de vestuário, tecidos e calçados lidera em fechamento de vagas. Foram 1.614 postos cortados neste ano. “Concentrou 60% do saldo negativo do comércio, o que surpreende, mas a explicação é natural: o desemprego, juros altos e o orçamento mais apertado do consumidores geram queda no desempenho de vendas”, disse o assessor técnico da FecomercioSP, o economista Jaime Vasconcellos.

A mesma explicação pode ser dada para a eliminação de postos nas concessionárias e em outros ramos, como as lojas de eletrodomésticos e eletrônicos. Esta última área fechou 600 vagas. “São segmentos que precisam de crédito e são afetados pelos juros cada vez mais altos”, afirmou o economista.

EXCEÇÕES

As únicas atividades que seguem com saldo positivo no ano são os supermercados e as farmácias e drogarias, respectivamente com a abertura de 689 e 36 vagas. Isso porque são atividades que comercializam bens essenciais, assinalou Vasconcellos. No caso do varejo de alimentos, ele acrescentou que há outro fator: “A população que comia fora de casa diminui as saídas e, por isso, necessitam comprar mais produtos (para fazer as próprias refeições)”, disse. 




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