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Fábrica de gel dental da região é negociada

Empresário Cláudio Bighinzoli adquire 100% do capital do Laboratório Boniquet do Brasil

Por Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
12/07/2015 | 07:04
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Divulgação


Empresa vice-líder brasileira no segmento de géis dentais para crianças, a Laboratório Boniquet do Brasil, de São Bernardo, mudou de nome: agora se chama Boni Brasil. A mudança ocorre depois que o empresário Cláudio Bighinzoli – que fundou a companhia no ano 2000, e um ano depois, se associou nesse negócio ao grupo espanhol Boniquet – adquiriu, recentemente, a participação dessa companhia europeia e se tornou dono de 100% do capital da fabricante instalada na região.

Segundo Bighinzoli, ao longo dos últimos anos, por causa da crise também presente no mercado da Espanha, o grupo Boniquet quis se desfazer de sua parte na empresa e, após conversas, a negociação foi concluída no início do ano. O valor da aquisição não foi divulgado, mas o executivo divulga outros números que mostram a ascensão das vendas, apesar da economia retraída no País. Neste ano, sua expectativa inicial era crescer 30% e alcançar R$ 50 milhões de faturamento anual. “A gente ainda acha que dá para chegar aos 30%, mas por enquanto estamos crescendo 17%”, disse. Com isso, ficaria com receita estimada em R$ 40 milhões. O ritmo é crescente. “A empresa, de 2009 para cá, dobrou (de faturamento)”, afirma.

Tecnologia de ponta no segmento – a fábrica é bastante automatizada e conta com estrutura enxuta de apenas 85 funcionários –, e atuação em várias frentes, com forte penetração no mercado, ajudam, segundo o empresário. A empresa, além da linha oral (géis dentais, enxaguantes e fios dentais) tem também produtos para cuidados pessoais, como xampus, condicionadores, loções corporais, entre outros itens, e tem linha de produtos próprios, licenciados (sucessos da Disney, Warner Bros e Maurício de Souza) e fabricação para terceiros – faz itens para parceiros de peso nacional, como Carrefour, Dia e Walmart.

Atualmente, a Boni Brasil tem condições de aumentar o volume fabricado, sem novos investimentos, por enquanto. Tem capacidade para fabricar 5 milhões de unidades por mês, mas vende 2 milhões mensalmente, para os 27 unidades da federação (26 Estados e mais o Distrito Federal). “Temos bastante espaço para crescer”, assinala Bighinzoli, que destaca os dois tipos de canais importantes de oferta de seus produtos: os supermercados, que respondem por 60% das vendas, e as farmácias (os outros 40%).

Bighinzoli avalia ainda que há boas perspectivas também no Exterior. O dólar favorável ao comércio com outros países é um incentivo. Hoje, a fabricante tem apenas 5% do faturamento proveniente de exportações, mas o executivo trabalha com a meta de chegar a 10% em breve, com negócios para clientes na América do Sul e Oriente Médio, entre outros mercados.

EDUCAÇÃO - A empresa, agora nessa nova fase, quer se concentrar ainda mais nas linhas de higiene e saúde infantis, ampliando o leque de itens próprios. “Concluímos que estava no nosso DNA os produtos para crianças”, diz o executivo. Além de investir em vendas para esse público, Bighinzoli destaca o desenvolvimento de trabalho social, voltado para escolas e creches, com material educativo sobre higiene bucal para a orientação de pais e alunos. 




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