Política Titulo Ribeirão Pires
Secretário adjunto de Educação é demitido em Ribeirão Pires

Loris Lessa foi responsabilizado pelo prefeito por plágio em Plano Municipal de Educação

Caio dos Reis
Especial para o Diário
27/06/2015 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


Secretário adjunto de Educação de Ribeirão Pires e apontado como responsável pela plágio do PME (Plano Municipal de Educação), Loris Lessa foi demitido ontem do governo de Saulo Benevides (PMDB). A administração confirmou a saída.

O servidor foi comunicado de sua exoneração ontem, uma semana depois de denúncia do Diário, que mostrou que o PME havia sido copiado na íntegra do PNE (Plano Nacional de Educação), o que transformou o projeto de Ribeirão em peça fictícia, mostrando descaso da gestão peemedebista com o setor.

Lessa estava como adjunto de Educação desde o começo do governo Saulo e foi quem coordenou todos os debates e formulação do PME. Ele levou a proposta à Câmara sem a revisão da secretária de Educação, Leonice Moura, a Leo da Apraespi (PSC) – a titular só ficou sabendo das distorções do texto municipal pelo Diário.

Nesta semana, cogitou-se que Lessa seria apenas transferido de departamento. Mas foi exigência de Saulo a demissão, para personificar o responsável pelo erro. Novo texto foi encaminhado à Câmara e aprovado em sessão extraordinária na quarta-feira.

Lessa não quis comentar a demissão. “Estou aguardando e não tenho nada a declarar no momento”, respondeu.

Leo e Saulo não foram localizados para comentar o assunto. Há expectativa de reposição da vaga na próxima semana.

HISTÓRICO
No dia 19, o Diário mostrou que o PME que chegou à Câmara foi copiado na íntegra da propositura do governo de Dilma Rousseff (PT). O plágio fez com que Ribeirão se comprometesse a investir anualmente 7% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional na área – equivalente a R$ 386,4 bilhões, quantia relativa a 5.152 Orçamentos da Secretaria de Educação para 2015 (R$ 75 milhões).

Além disso, o texto previa incentivar a formação de 85 mil educadores em dez anos, sendo que o município possui 113.068 moradores, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Vereadores se recusaram a votar o PME nos moldes apresentados, o que forçou a Prefeitura a refazer a proposta, adequando à realidade local. O texto ficou escrito de maneira genérica, sem muitos comprometimentos e termos sem obrigatoriedade, só para aprovação dentro do prazo – venceu na quarta-feira a data estipulada pelo MEC (Ministério da Educação) para aval aos planos municipais.

Saulo determinou a convocação de sessão extraordinária, na quarta-feira, para aprovação do PME editado. 




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