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Autor do atentado de Oklahoma City é executado nos EUA
Do Diário OnLine
Com Agências
11/06/2001 | 12:00
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Timothy McVeigh foi executado às 9h14 (horário de Brasília), 7h14 locais, desta segunda-feira, com uma injeção letal, na prisão federal de Terre Haute (Indiana), pelo atentado de Oklahoma City (EUA), em 1995, que deixou 168 pessoas mortas.

De acordo com o porta-voz do presídio, “Timothy estava calmo e cooperou com a situação. Não foi necessário segurá-lo a força”. O autor do atentado ficou o tempo todo com os olhos abertos e recebeu a injeção na perna direita.

Os jornalistas que acompanharam a execução falaram que McVeigh estava tão amarrado com lençóis, que “parecia uma múmia”. Além disso, afirmaram que no momento da morte, ele olhou para uma câmera de vídeo que estava fixada no teto. Antes de morrer, McVeigh fez questão de olhar nos olhos de cada um dos que estavam na cela, acompanhando sua execução.

A execução começou às 7h em ponto, mas a primeira droga foi injetada na veia às 7h10. Os olhos que estavam fixados no teto começaram a se fechar, mas ele tentava manter os olhos abertos. Em seguida, sua respiração começou a ficar difícil, e a última droga foi injetada às 7h13.

Vários populares se concentram em frente ao presídio. A polícia dividiu os manifestantes em dois grupos — os contrários e os favoráveis à pena de morte. A maioria, porém, levou cartazes com mensagens favoráveis à morte do assassino, como "olho por olho. McVeigh tem que morrer" e "há 168 motivos para McVeigh morrer", entre outras.

O presidente Bush disse que a condenação foi justa e que agora os familiares das vítimas do atentado podem ficar em paz.

Última refeição - McVeigh passou a última noite de sua vida em uma pequena cela da prisão. Segundo o porta-voz da prisão, Dan Dunne, McVeigh pediu, na noite de domingo, um litro de sorvete de menta com pedaços de chocolate como sua refeição final.

Sem arrependimento - Ele divulgou cartas para explicar que seu ataque a bomba ao prédio federal Alfred P. Murrah, em Oklahoma City, tinha justificativa. “Lamento que pessoas tenham perdido a vida. Mas está na natureza das coisas”, afirmou McVeigh.

Segundo Lou Michel, um de seus biógrafos, o prisioneiro iria morrer com a crença de que triunfara em sua cruzada pessoal, vencendo o governo por 168 a um. Ele planejou o ataque em Oklahoma City para vingar-se das ações do governo dois anos antes contra um grupo fanático, o Branch Davidian, em Waco, Texas.

Bom humor - Seus advogados afirmaram, na noite de domingo, que McVeigh não havia perdido "seu senso de humor". "Permanece sendo agradável falar com ele. Continua se comportando de maneira racional. Sempre tem seu senso de humor", afirmou Robert Nigh, que será o encarregado de levar suas cinzas.




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