Política Titulo Santo André
Sindserv aceita 7ª proposta de reajuste de Carlos Grana

Câmara aprova projeto com abono em primeira votação; Paço precisa enviar texto com mudança

Por Fábio Martins
Caio dos Reis
03/06/2015 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


Com a mudança na proposta de reajuste salarial ao funcionalismo público, o governo do prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), teve aval ontem, em assembleia realizada pelo Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos), ao índice apresentado. Foram sete ofertas no total. O percentual acolhido contempla a categoria com 4% de aumento em abril, retroativos, R$ 700 de abono em janeiro e 4% em abril de 2016, somados à inflação do período, na ocasião. A classe requereu ao Paço que a falta das assistentes sociais, em virtude de paralisação no dia 21, seja abonada.

Apesar do novo cenário, os vereadores decidiram votar ontem, em plenário, o projeto que já tramitava na Câmara e que prevê o parcelamento do índice em duas parcelas de 4% – em abril e dezembro, sem considerar o abono. A matéria foi aprovada por unanimidade. Diante da alteração de panorama, por conta do acordo com a categoria, o Executivo precisará enviar mensagem aditiva, incluindo as diferenças na proposta para aprovação em segunda discussão, na terça-feira, adequando ao pedido.

O secretário de Administração, Antônio Leite (PT), alegou que o valor estipulado de abono era o que está “dentro das possibilidades financeiras” da Prefeitura. A quantia vai representar impacto de R$ 5,8 milhões. Na totalidade, o aumento gerará despesa de aproximadamente R$ 31 milhões na folha de pagamento, mesmo sem acrescentar os funcionários comissionados do governo.

O presidente do Sindserv, Carlos Pavan, sustentou que a proposta negociada, em encontro segunda-feira no Paço, permitiu o consenso. “Foi processo de negociação tranquilo se levarmos em consideração as conjunturas econômicas que estamos vivendo. Sempre fomos pautados pelo servidor e chegamos num ponto em que sentimos que não iríamos avançar mais. Então decidimos aceitar a (proposta) menos pior.”

Outro ponto destacado pelo dirigente foi a garantia de quitação da inflação integral em 2016. “O Grana nos prometeu que irá pagar mesmo que corte gastos. Nós perdemos um pouco agora, mas pelo menos asseguramos pagamento da inflação cheia no ano que vem.”

Durante a assembleia, boa parte dos servidores insistiu em não aceitar a proposta e continuar na batalha pelo reajuste de 8,49%, sem parcelamento. Contudo, a maioria decidiu pela definição após mais de duas horas de reunião.

A disputa entre Paço e Sindserv se arrastava desde abril, quando se iniciou o diálogo sobre a situação. A administração petista alegava dificuldade nas contas, o que empurrou as negociações. A categoria chegou a fazer manifestação no Legislativo, pressionando o Paço a ceder em algumas oportunidades. Após o embate, Grana entrou nas tratativas. O petista ressaltou que “venceu quem apostou nas negociações”. Segundo ele, o processo foi de aprendizado. “Exigiu muito diálogo. Momento de valorização ainda maior ao servidor, que não usou instrumento de radicalismo. Os funcionários tiveram um bom acordo. O diálogo prevaleceu.”




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