Administração viu rejeição no plano de 7,68%, dividido em duas vezes
Atualizada às 11h10
Os funcionários públicos de São Bernardo, em greve há 14 dias, marcharam em direção ao hotel onde estava hospedado Luiz Marinho (PT) na manhã desta terça-feira. A intenção da categoria era chegar a um acordo, porém, o prefeito de São Bernardo não apareceu para a conversa e o movimento retornou ao paço.
Lideradas pelo Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos), as caminhadas seguiram pelas ruas do Centro da cidade, partindo da Praça Santa Filomena, desde às 6h.
O presidente do Sindserv de São Bernardo, Giovani Chagas, afirmou que a insistência do governo de Marinho, com a proposta de reajuste salarial de 7,68%, dividido em duas vezes é rejeitada pela categoria e foi motivada por uma projeção de perda em R$ 300 milhões com receita para este ano.
Segundo Chagas, a estimativa em torno da greve atingiu 50% dos 13 mil servidores ativos. “Essa é uma paralisação crescente. Estamos cada vez mais concentrados em realizar mutirões de convencimento, que consiste em diálogo e panfletos a servidores que ainda não aderiram”, acrescentou.
O dirigente contou que os números foram apresentados na reunião de domingo, ocorrida na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em nova tentativa da administração petista de encerrar a greve, que completa hoje seu 14º dia.
Na sexta-feira, a proposta foi levada à categoria pelos secretários de Administração, Augusto Pereira, e de Finanças, Paulo José Almeida.
“Tivemos esse novo encontro, mas o governo não tratou por melhorar o aumento, justificando essa perda com receita. Não podemos aceitar, porque essa redução ficará nas costas dos servidores”, atacou Chagas. O dirigente revelou que rebateu os argumentos quanto à propositura, proferindo críticas à condução por parte da administração petista.
“No momento em que eles abordaram as dificuldades, colocamos em questão as possibilidades em relação a possível contingenciamento do Orçamento, o que não teve resposta. Isso mostra que esse governo não está priorizando a valorização do funcionalismo”, adicionou Chagas.
Cerca de 40 grevistas permanecem acampados desde quinta-feira dentro do plenário da Câmara e no estacionamento do Paço. A estratégia, segundo o Sindicato, é continuar até o encerramento da greve.
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