Política Titulo Seguem as greves
Ao Sindserv, Prefeitura alega perda de R$ 300 milhões com receita para justificar proposta parcelada

Administração viu rejeição no plano de 7,68%, dividido em duas vezes

Por Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
26/05/2015 | 07:00
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Marina Brandão/DGABC


Atualizada às 11h10

Os funcionários públicos de São Bernardo, em greve há 14 dias, marcharam em direção ao hotel onde estava hospedado Luiz Marinho (PT) na manhã desta terça-feira. A intenção da categoria era chegar a um acordo, porém, o prefeito de São Bernardo não apareceu para a conversa e o movimento retornou ao paço.

Lideradas pelo Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos), as caminhadas seguiram pelas ruas do Centro da cidade, partindo da Praça Santa Filomena, desde às 6h.

O presidente do Sindserv de São Bernardo, Giovani Chagas, afirmou que a insistência do governo de Marinho, com a proposta de reajuste salarial de 7,68%, dividido em duas vezes é rejeitada pela categoria e foi motivada por uma projeção de perda em R$ 300 milhões com receita para este ano.

Segundo Chagas, a estimativa em torno da greve atingiu 50% dos 13 mil servidores ativos. “Essa é uma paralisação crescente. Estamos cada vez mais concentrados em realizar mutirões de convencimento, que consiste em diálogo e panfletos a servidores que ainda não aderiram”, acrescentou.

O dirigente contou que os números foram apresentados na reunião de domingo, ocorrida na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em nova tentativa da administração petista de encerrar a greve, que completa hoje seu 14º dia.

Na sexta-feira, a proposta foi levada à categoria pelos secretários de Administração, Augusto Pereira, e de Finanças, Paulo José Almeida.

“Tivemos esse novo encontro, mas o governo não tratou por melhorar o aumento, justificando essa perda com receita. Não podemos aceitar, porque essa redução ficará nas costas dos servidores”, atacou Chagas. O dirigente revelou que rebateu os argumentos quanto à propositura, proferindo críticas à condução por parte da administração petista.

“No momento em que eles abordaram as dificuldades, colocamos em questão as possibilidades em relação a possível contingenciamento do Orçamento, o que não teve resposta. Isso mostra que esse governo não está priorizando a valorização do funcionalismo”, adicionou Chagas.

Cerca de 40 grevistas permanecem acampados desde quinta-feira dentro do plenário da Câmara e no estacionamento do Paço. A estratégia, segundo o Sindicato, é continuar até o encerramento da greve.
 




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