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Manifestantes protestam em frente ao prédio de ACM
Do Diário OnLine
17/05/2001 | 21:05
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Cerca de 20 mil pessoas, entre estudantes e sindicalistas, fizeram um ato em frente ao Edifício Stela Marins, onde mora o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), em protesto pela sua cassação. Durante quatro dias os manifestantes tentaram chegar ao local, no Largo da Graça.

A Tropa de Choque da Polícia Militar, que havia reprimido com violência os manifestantes na semana passada e na terça-feira, foi retirada da região do edifício minutos antes, o que evitou novo confronto.

A passeata começou na Universidade Federal da Bahia e seguiu para o centro, recebendo adesão de outros estudantes. Após o ato em frente à casa do senador, os estudantes fizeram uma marcha de dez quilômetros pelo centro da capital baiana em comemoração.

Participaram ainda do ato o líder do PT na Câmara, deputado Walter Pinheiro (PT-BA), os deputados Nélson Pelegrino, Waldir Pires e Luiz Alberto (todos do PT-BA).

Já o líder do PMDB na Câmara, deputado Geddel Vieira Lima (BA), foi vaiado ao tentar participar dos protestos. Acusado de tentar impedir a CPI da Corrupção, ele precisou deixar o local às pressas.

Congresso — Em Brasília, cerca de 400 universitários se manifestam em frente ao Congresso, em favor pela cassação de ACM e do senador José Roberto Arruda (sem partido-DF) e pedindo a abertura da CPI da Corrupção no Senado. Os manifestantes levaram uma pizza gigante, com 1,70m de diâmetro, para exigir que a violação no painel da Casa não acabe em pizza.

Os manifestantes prometeram voltar à Esplanada dos Ministérios nesta quarta-feira, quando será votado o relatório no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar recomendando a cassação dos dois senadores em questão.

Cerca de 150 homens da tropa de choque da Polícia Militar foram acionados para garantir a segurança dos parlamentares. A presença dos PMs, que formaram um cordão de isolamento, não impediu que os estudante entrassem no lago localizado em frente ao Congresso.

Alguns deles jogaram água nos policiais, lavaram roupa suja e tiraram as calças. Um deles usou uma vassoura para varrer o chão e pediu a “limpeza” do Congresso.

Durante um protesto da manhã, os estudantes estavam com testas pintadas com a sigla CPI e com cartazes com a frase: “CPI já”. Alguns deles, batendo palmas, cantaram: "boi, boi, boi, boi da cara preta, preta, pega o ACM, porque ele é um picareta". No final, eles queimaram um boneco imitando ACM e cantaram o hino nacional.




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