A base aliada do prefeito de São Caetano, Paulo Pinheiro (PMDB), na Câmara rejeitou projeto do oposicionista Marcel Munhoz (PPS) que obriga shoppings, supermercados e grandes centros comerciais a destinarem vagas nos estacionamentos exclusivamente a gestantes e pessoas com crianças de até 2 anos.

Aprovada por unanimidade em primeira discussão, a medida foi derrubada na sessão de terça-feira, quando os parlamentares apreciaram o texto em definitivo. Para justificar a inviabilidade do projeto, governistas argumentaram que a norma não era bem aceita pelo comércio e que poderia, inclusive, afetar a Zona Azul na cidade.

Durante o debate, houve acordo para que o texto passasse a valer somente em 2015. Mas situacionistas recuaram e optaram por vetar o projeto.

A medida foi aprovada pelas comissões de Justiça e Redação e de Finanças e Orçamento. Os vereadores da base aliada até que tentaram manobrar para não ter de rejeitar o projeto, mas, após série de pedidos de adiamento, o texto teve de ir a plenário e, mesmo a contragosto, ser derrubado.

“É uma pena, pois o projeto não causa gastos à Prefeitura, apenas contribui para que gestantes e pais com filhos pequenos possam se locomover e ter espaço garantido nos estacionamentos”, lamentou Munhoz. Além do popular-socialista, foram a favor da medida Beto Vidoski (PSDB), Fábio Palacio (PR) e Edison Parra (PHS).

Procurado, o líder do governo, Jorge Salgado (Pros), garantiu que não houve influência do Paço na derrubada do projeto. “Na prática, existe norma que permite que a gestante possa, mediante cadastro na Prefeitura, estacionar em locais reservados.”