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Ex-vereadores de Rio Grande retomam rotina
Dênis Cavalcante
Especial para o Diário
10/02/2005 | 13:15
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Dos nove vereadores que tentaram no ano passado, sem sucesso, manter uma cadeira na Câmara de Rio Grande da Serra, apenas Edvaldo Guerra (PV) conseguiu manter-se na vida política apesar da derrota nas urnas. Outro que não participou das eleições de 2004 foi José Gilvan Mendonça da Cunha (PPS), derrotado por Adler Kiko Teixeira (PSDB) na corrida pela Prefeitura.

Edvaldo Guerra (PV) aceitou convite do prefeito Kiko para ser secretário da pasta de Cidadania e Ação Social. “Não sei o que pode ter passado na cabeça dele para me chamar. Mas um dia chegou e disse que gostaria que eu participasse de uma secretaria”, afirma Guerra.

Outros dois ex-vereadores, José Vieira Costa, o Bigode, e Paulo Reis, admitem que conversaram com o prefeito a respeito de assumir algum cargo público. Coincidência ou não, os dois são do mesmo partido: PTB. “Andei conversando com a Prefeitura. O pessoal queria que eu fizesse parte da administração”, afirma Reis. Mas enquanto o chamado não aparece, continuam com seus empregos de sempre. Reis trabalha na construção civil e Bigode tem um depósito de materiais para construção. José Gilvan também quer voltar à política. “Estou fazendo contatos.”

Há também quem não se preocupe muito com a continuidade da vida política. Geraldo Elídio Gouveia (PT) é um desses. “Estou descansando. Vou ficar em casa, passear”, afirma. A vereadora Cida Marques (PFL) é sócia de uma empresa e garante que perdeu uma boa ajuda. “O salário (de vereador) é um bom complemento. Se eu não tivesse outro emprego estaria difícil agora.” Bigode ainda brinca: “Tive que dar uma apertada no cinto mesmo.” Geraldo também faz a exceção nesse caso. “Não tenho emprego fixo. Faço uns bicos, mas pretendo trabalhar como autônomo no futuro”, diz o petista. Vereador por mais de 20 anos, Paulo Reis agora teve que fazer economia. “Eu já vinha trabalhando antes. Mesmo assim é preciso ter umas economias.”

Se não conseguiram formalmente uma cadeira na Câmara, os rejeitados nas urnas prometem marcar presença nas sessões do Legislativo. Pretendem acompanhar o trabalho feito pelos colegas reeleitos e também a atuação dos novatos. “A população ainda pede alguma coisa, então vou encaminhar para os colegas”, afirma Cida Marques. “Para a população você continua sendo político. Pedem alguma coisa. Na verdade a gente faz política diariamente”, conclui. Edvaldo Guerra também pretende, sempre que possível, comparecer às sessões. “Eu Gosto dos debates. Ver os vereadores experientes debater com os novatos vai ser uma experiência legal.”



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