Os moradores da rua Élio Gabionetta, na Vila Bocaina, em Mauá, continuam sofrendo com o acúmulo de lixo, entulho e a constante invasão de ratos que vêm do córrego, às margens da via. Há mais de oito meses o local não recebe qualquer serviço de limpeza e capinagem pela Prefeitura.

Em abril desse ano, o Diário esteve na Vila Bocaina e ouviu da comunidade que o mato alto era esconderijo para ratos. O entulho acumulado impedia a vazão da água suja e mal cheirosa que, na época das chuvas de verão, invadia as casas vizinhas ao córrego. Na ocasião, a Prefeitura de Mauá não quis se pronunciar sobre o assunto.

“Os problemas continuam, cada vez piores. Nós pagamos impostos, mas não recebemos nada de volta”, reclama o aposentado Estevão Bezerra de Araújo, 84 anos. De acordo com ele, o mau cheiro do lixo piora quando faz calor. “O cheiro é insuportável”, salienta. O aposentado garante que a luta dos moradores do bairro para canalizar o córrego é muito antiga. “Faz 20 anos que tentamos resolver esse assunto.”

Para o tapeceiro Renato Jovine, 41 anos, o principal problema proveniente da sujeira no córrego é a proliferação de ratos. Além de temer doenças, o bolso também é prejudicado. Ele já perdeu as contas de quanto gastou na compra de veneno para eliminar os roedores. “São ratos tão grandes que quase nos carregam para fora de casa”, relata Jovine. Mais uma vez procurada pela reportagem, a Prefeitura novamente não se manifestou. (Supervisão de Illenia Negrin)