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Japão quer poder defender-se de ameaça norte-coreana
Por Da AFP
05/08/2003 | 08:16
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O Ministério japonês de Defesa declarou esta terça-feira que quer reforçar a proteção do Japão contra a ameaça norte-coreana e prosseguir as missões de paz no estrangeiro, apesar de uma tendência à redução das forças do arquipélago.

O esforço de defesa deve levar em conta os "recursos nacionais limitados" no momento em que o governo trata de conter os gastos públicos frente a uma dívida interna considerável, disse o chefe da Agência de Defesa, Shigeru Ishiba, ao apresentar um balanço anual de seu Ministério.

O documento assinala a necessidade que o Japão tem de contar com meios de luta contra o terrorismo e, principalmente, de uma defesa frente aos mísseis balísticos da Coréia do Norte e a suas ambições nucleares.

"Diante da proliferação de armas nucleares e de mísseis balísticos, a questão estratégica mais importante de imediato é um sistema de defesa antibalístico", expressa o documento, destacando que o arquipélago não dispõe de armas eficazes contra um ataque de mísseis do estrangeiro.

O balanço reafirma que Japão e Estados Unidos continuarão suas investigações conjuntas para um escudo antimísseis, mas não precisa quando o Japão passará a um estado operacional.

Em 1998, o Japão foi surpreendido pelo disparo de um míssil norte-coreano sobre o arquipélago e depois pelas revelações sobre o programa nuclear de Pyongyang. O documento da Agência de Defesa reconhece que dificilmente teriam podido detectar o lançamento de um míssel contra o arquipélago.

O balanço não precisa que tipo de cortes poderiam ser feitos nos efetivos e no armamento de um exército de 240 mil homens com um orçamento de US$ 41 bilhões.

Por outra parte, estima que as forças japonesas devem prosseguir seus compromissos no estrangeiro em missões de manutenção da paz. "Isto se tornou uma das principais tarefas das forças de autodefesa", nome dado ao exército japonês no âmbito de uma Constituição pacífica que proíbe ao Japão o uso da força para solucionar conflitos internacionais.

Tóquio já participou em missões militares no Camboja, Timor Leste, Ruanda e Moçambique.

A marinha também deu apoio logístico à intervenção no Afeganistão e o Parlamento aprovou no mês passado uma lei que permite o envio de um contingente ao Iraque, autorizando a primeira missão de soldados japoneses em um país onde ainda há confrontos.

"As missões de cooperação internacional obtiveram o apoio do público japonês", expressa o documento da Agência de Defesa, apesar da controvérsia sobre seu papel no Iraque.




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