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Seqüestrador é preso em Diadema
Por Bruno Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
29/06/2006 | 08:07
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Agamenom Leopoldino Ferreira, 32 anos, acusado de participação em roubos e homicídios, apontado pela polícia como um dos principais seqüestradores do Estado, foi preso na madrugada de terça-feira pela Força Tática da Polícia Militar enquanto passeava com seu carro, um Ford Fiesta clonado, na favela Santa Cruz, em Diadema. O carro era uma verdadeira boca de drogas ambulante. Dentro do veículo, foram encontrados cerca de 100 papelotes de cocaína, 62 gramas de crack, duas balanças de precisão e R$ 5,5 mil em dinheiro. Para completar, ao ser detido, Agamenom apresentou um RG falso aos policiais. Vai responder por tráfico de drogas, adulteração de veículo, porte de documento falso e receptação de veículos – além dos inquéritos por seqüestro em que já era citado.

O acusado chegou a fazer parte da lista do 10 seqüestradores mais procurados de São Paulo em 2002. É foragido do Dacar, cadeia que funcionava ao lado do CDP de Santo André, na Vila Palmares. Além da extensa lista de crimes, a polícia acredita que ele seja um dos pilotos (líderes) do PCC no Grande ABC, mas não cita ligação direta do acusado nas mais recentes ações da facção criminosa.

O carro de Agamenom era clonado. As placas estavam adulteradas para identificar outro automóvel. O dono do carro original chegou a fazer boletim de ocorrência numa delegacia da zona Leste da capital após começar a receber as multas que o acusado levava.

Segundo policiais que participaram da prisão de Agamenom, já havia várias denúncias que o acusado estaria escondido na região onde foi preso – que fica a alguns quarteirões abaixo do 3º DP de Diadema, prédio que abriga também a Delegacia Seccional da cidade. Por isso, segundo a Força Tática, o patrulhamento da região era intenso. Na versão da polícia, o acusado se forma assustou ao ver a viatura da PM na rua, o que chamou a atenção dos policiais. Então eles decidiram abordá-lo.

Quando a Força Tática teve certeza da periculosidade do suspeito detido, fez com que o preso os levasse até onde morava, nas proximidades do local onde foi preso, para que a polícia encontrasse mais provas de crimes. Encontrou a mulher de Agamenom, que teria confirmado a participação do acusado nos dois últimos seqüestros de Diadema.

Segundo os policias disseram ter apurado, em um dos crimes a vítima escapou do cativeiro. Por isso, o homem preso quarta-feira teria ordenado a execução do comparsa responsável pela vigilância do refém. Ele teria tido todos os dedos das mãos e pés quebrados e depois queimado vivo. Os policiais disseram ainda não ter identificado essa pessoa ou saber o local onde o corpo teria sido deixado.

Histórico – A primeira prisão de Agamenom aconteceu após o acusado ter sido capturado por agentes da Delegacia Anti-Seqüestro em Mirassol, no interior do Estado. Ele e outro comparsa capotaram o carro enquanto tentavam fugir da polícia. No porta-malas do veículo, estava um empresário seqüestrado pela dupla.

No longo histórico de Agamenom apresentado pela polícia, há ainda participação na quadrilha de Bingolau, um perigoso seqüestrador morto em 2001 durante confronto com a polícia. A quadrilha teria sido responsável por 60 seqüestros em todo o Estado.



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