A sede da Mitra Diocesana de Santo André, na Praça do Carmo, no Centro, será inaugurada na sexta-feira. O prédio de 4.000 metros quadrados e 14 pavimentos, incluindo dois subsolos, abrigará serviços das 97 paróquias das sete cidades.

Além de organizar a administração patrimonial, econômica e financeira, a sede também abrigará o arquivo diocesano, composto por livros, registros e documentos diversos. "A Mitra é um projeto que aguardamos há quatro anos. É um espaço para ser utilizado pelas paróquias da região, centralizando os serviços prestados à comunidade e toda a documentação das igrejas. É praticamente uma sede administrativa", explicou o padre ecônomo da Diocese de Santo André, Claudio Tafarelo, responsável pela parte financeira da obra da Mitra.

A finalidade principal da sede é melhorar o atendimento à população, seja para os que buscam orientação do bispo ou para encaminhamento às ações das pastorais.

A Mitra terá cerca de 60 núcleos de serviços sociais voltados à população, como por exemplo a Casa de Acolhida, que abriga moradores de rua, localizada no Parque Miami, em Santo André.

Outro projeto de destaque é a Pastoral da Criança, que tem como objetivo auxiliar e apoiar o desenvolvimento de crianças desde a concepção até os 6 anos, realizando ações preventivas na área da Saúde, Educação, Cidadania e combate à desnutrição. Atualmente o trabalho está presente em 50 paróquias e beneficia 7.800 crianças por meio da dedicação de 900 voluntários.

O local prevê também espaços ampliados que favoreçam a formação geral dos fiéis, tais como auditório, salas de aula, biblioteca, videoteca, salas para vídeo-conferência, estúdio para produção de programas de rádio e TV, além de dedicar um andar para a instalação do Museu Diocesano, que abrigará material religioso e cultural.

GARAGEM
O projeto do prédio foi aprovado há seis anos pela Prefeitura, porém, um detalhe ainda deixa a população intrigada: a entrada da garagem subterrânea fica no meio do calçadão da Praça do Carmo. "Vamos ter que ficar atentos agora, pois não era necessário dividir esse espaço com os carros", afirmou o aposentado Joaquim Nogueira, 71 anos.

Segundo o arquiteto responsável pela obra, Francisco José Prado Ribeiro, não há motivo para preocupação. "A prioridade no calçadão é dos pedestres. Os carros circularão em velocidade baixa e por um pequeno espaço demarcado."

A Prefeitura informou que o acesso ao estacionamento da Mitra será feito por meio da Rua Campos Sales, por um caminho estreito, para induzir à baixa velocidade, com demarcação de responsabilidade da Diocese.