A poucos dias da eleição que definirá o próximo presidente do Sindema (Sindicato dos Servidores Municipais de Diadema), o prefeito Lauro Michels (PV) nega qualquer interferência, alegando que não apoia nenhuma das três chapas registradas para a disputa. “Não estou apoiando ninguém, mas converso com todos (os postulantes)”, disse o verde.

Disputam o controle do sindicato José Aparecido da Silva, o Neno – representante do grupo da atual presidente do Sindema, Jandyra Uehara Alves –, o advogado Luiz Incerpi – que é consultor jurídico da Prefeitura e da Câmara – e a professora Rosangela Von Mühlen, apontada como candidata do governo – ele nega.

Segundo Lauro, comenta-se que integrantes da chapa de Rosangela atuam na Prefeitura, mas que isso não significa que ela seja representante do Paço no pleito. “O governo não interfere na eleição do Sindema, temos outras preocupações, como cuidar da cidade”, frisou.

Apesar de negar influência na disputa sindical, a definição do próximo comandante do Sindema interessa ao chefe do Executivo, já que a entidade é tradicionalmente comandada por filiados do PT, principal sigla de oposição a Lauro. É o caso de Jandyra, que integra a ala Articulação de Esquerda.
A última negociação entre Lauro e o Sindema envolveu a campanha salarial dos servidores, que terão reajuste de 6,73% nos vencimentos.

Integrante do núcleo de acompanhamento dos conselhos escolares, vinculado à Pasta de Educação, Rosangela descarta o rótulo de candidata governista na eleição do Sindema. “Não temos apoio de ninguém. Mas estou disposta a discutir apoiadores, até mesmo com o governo, desde que seja dentro de uma postura ética”, disse.

A eleição ocorre nos dias 14 e 15. Serão 17 urnas disponibilizadas para os 3.500 servidores aptos a votar. Serão sete urnas fixas e dez itinerantes pelos bairros.

Os dias que antecedem o pleito têm movimentado a política diademense. Vereadores governistas e de oposição têm se mobilizado nos bastidores em prol dos candidatos, mas ninguém comenta o assunto.