Política Titulo Diadema
Depois de questionar dívida, Lauro aceita pagar R$ 10 mi ao Consórcio

Prefeito assinou acordo de parcelamento com colegiado em 70 vezes

Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
08/12/2019 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


Após questionar e discordar do valor da dívida cobrada pelo Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, o prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), aceitou pagar o montante de R$ 10,2 milhões ao colegiado. O débito é referente a calote de repasses. 

O acordo da negociação foi assinado na terça-feira da semana passada, durante assembleia mensal de prefeitos. Foi a primeira reunião do grupo que Lauro participou pessoalmente desde que a Câmara diademense aprovou projeto autorizando o município a voltar para o Consórcio – ficou dois anos desfiliado. 

A negociação, segundo a própria instituição, envolve parcelamento do total do débito em 70 vezes iguais de R$ 146,3 mil. A primeira fatura já vence neste mês. O Consórcio frisou que o acordo será homologado judicialmente, já que o colegiado havia decidido entrar na Justiça para executar a dívida diante da negativa do governo Lauro em acertar as contas com a entidade de prefeitos. 

Ao Diário, o governo Lauro confirmou que fechou o acordo com o Consórcio, mas afirmou que a dívida negociada é de R$ 9,75 milhões. A entidade, porém, destacou que, além desse valor, estão incluídos honorários advocatícios, elevando o débito.

O Consórcio informou também que o montante é referente a acúmulo de transferências de rateio não realizadas durante quatro exercícios seguidos: 2014, 2015, 2016 e 2017, ano em que Lauro liderou desfiliação inédita da cidade do colegiado. 

Diadema deixou o Consórcio no segundo semestre de 2017, depois de Lauro disparar críticas ao formato administrativo do colegiado e acusar o órgão de receber recursos públicos da cidade e pouco retribuir com projetos concretos. À época, vereadores de oposição ao prefeito criticaram ferrenhamente a decisão por entender que o isolamento do debate regionalizado sobre os problemas do Grande ABC afetaria o município. Na ocasião, o colegiado era presidido pelo prefeito Orlando Morando (PSDB), de São Bernardo, ex-aliado de Lauro. 

No início de novembro, a Câmara aprovou projeto do governo que autorizou o município a voltar ao colegiado. O retorno foi atribuído à diminuição da alíquota de contribuição mensal, de 0,17% para 0,15% da receita corrente líquida.




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