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Iraque diz que terrorista se suicidou para evitar prisão
Por Do Diário OnLine
Com Agências
21/08/2002 | 10:41
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O chefe dos serviços de inteligência do Iraque, Taher Jalil Habbuch, afirmou nesta quarta-feira que o terrorista palestino Abu Nidal se suicidou em Bagdá com um tiro na boca quando era levado para um interrogatório pelas autoridades iraquianas. Abu Nidal, 65 anos, cujo verdadeiro nome era Sabri al-Banna, era um dos mais conhecidos guerrilheiros palestinos e foi preso na última segunda-feira.

Ele havia entrado ilegalmente no Iraque em 1999, procedente do Irã e com um passaporte iemenita falso, afirmou Habbuch durante uma entrevista à imprensa no Ministério da Informação em Bagdá.

Segundo Habbuch, Abu Nidal suicidou-se quando membros dos serviços de segurança chegaram à sua residência para levá-lo a um interrogatório, após descobrir sua presença no Iraque. "Entrou em um quarto para trocar de roupa e se escutou um disparo. Os membros dos serviços de segurança descobriram que tinha disparado um tiro na boca e que a bala saiu por trás do crânio", afirmou. Ainda de acordo com ele, o terrorista morreu oito horas depois no hospital para onde foi levado.

A morte do chefe do Fatah-Conselho Revolucionário (Fatah-CR) foi anunciada segunda-feira por uma fonte palestina em Ramalah e confirmada nesta terça pelo vice-primeiro-ministro iraquiano, Tarek Aziz, que também afirmou que tinha sido suicídio.

Habbuch disse também que as autoridades iraquianas tinham sido alertadas "por um país árabe irmão" a partir de 1999, da entrada de Abu Nidal em território iraquiano. "Conseguiu entrar sem ser detectado graças ao passaporte iemenita, já que os cidadãos do Iêmen não precisam de visto para entrar no Iraque", explicou. "Investigamos durante muito tempo até descobrir o local de sua residência, onde se instalara sob um nome diferente ao que figurava em seu passaporte".

O chefe da inteligência iraquiana afirmou que na casa de Abu Nidal também foram encontrados outros passaportes falsos, assim como cartões de identidade com diferentes nomes e fotos, além de armas e oito maletas-bomba.

Fatah
- A Fatah-Conselho Revolucionário (Fatah-CR), organização palestina de Abu Nidal, acusou nesta quarta-feira o serviço secreto iraquiano de ter assassinado seu chefe.

"A versão do chefe do serviço secreto iraquiano, Taher Habbuch, não é verdadeira, já que o mártir Abu Nidal era um homem crente e sólido e não poderia, consequentemente, suicidar-se", segundo o comunicado.

"Consideramos que se trata de um assassinato premeditado, organizado pelo serviço secreto iraquiano", conclui texto.




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