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Sem empolgação para futebol

Pouco mais de 40% dos brasileiros não têm interesse pelo esporte mais popular do País

Luís Felipe Soares
17/06/2018 | 07:05
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EBC


 Fãs de todo o mundo estão com atenções voltadas para a Rússia, sede da 21ª Copa do Mundo. Os brasileiros, maiores campeões do torneio, não ficam de fora da festa e também acompanham de perto as partidas e os passos da Seleção, cuja estreia no evento ocorre hoje à tarde. Mas nem todo mundo está nessa mesma vibração, com o título de País do Futebol perdendo força nos últimos tempos.

O interesse pelo esporte por aqui tem diminuído. É o que aponta pesquisa realizada pelo instituto Datafolha, que conversou com 2.826 pessoas com 16 anos ou mais, em 174 municípios. A maior margem apontou total desinteresse na modalidade (41%), seguido por opinião de grande interesse pelo assunto (26%). Em 2010, a mesma pesquisa marcou 31% para quem não quer saber o que ocorre dentro e ao redor das quatro linhas. 

“Não tenho uma relação muito boa (com o esporte). Sempre fui daqueles que ficava sentado quando tinha futebol na Educação Física”, diz o estudante Fernando de La Vega Leonel, 14 anos. “Nunca gostei de jogar e acho que isso me levou à falta de interesse de assistir também.” Estudo conduzido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostrou que, no Brasil, por volta de 16 milhões de pessoas têm hábito de praticar o jogo regularmente.<EM>

O morador de São Bernardo ainda conta que seu distanciamento da modalidade sempre causa certo espanto entre amigos e familiares. Segundo ele, o costume dos brasileiros de serem grandes fãs gera a estranheza em torno de quem não se anima pelas jogadas habilidosas, defesas plásticas ou gols de todos os tipos.

Nem mesmo a chegada do campeonato mundial entre nações parece empolgar a maioria dos participantes da pesquisa do Datafolha, com 42% afirmando não ter interesse no que ocorre na Copa do Mundo deste ano. Os números foram obtidos em janeiro, mas novo levantamento feito neste mês aumento a porcentagem para 53% do público.

Segundo Fernando, as pessoas estão menos fanáticas do que no passado. “Em 2010 (durante o evento relizado na África do Sul), por exemplo, tinha pessoal que pintava as ruas. Não vi nada disso nesta Copa. Acho que também, por conta da tecnologia, os esportes em geral estão perdendo espaço para os jogos de videogame.” São justamente os games que simulam virtualmente partidas de futebol que aparecem no topo de mais vendidos entre os brasileiros, com destaque para a franquia Fifa – com edição com download gratuito para a versão da Copa do Mundo Rússia 2018.




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