Memória Titulo
O centenário do Theatro Municipal de São Paulo

Na história do Theatro Municipal de São Paulo, o barítono italiano Titta Ruffo

Por Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
02/07/2011 | 00:00
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Na história do Theatro Municipal de São Paulo, o barítono italiano Titta Ruffo (Pisa 9-6-1877 - Florença 5-7-1953). Foi ele quem inaugurou o teatro, em 12 de setembro de 1911, depois de já ter inaugurado o Teatro Municipal do Rio de Janeiro, em 1908.

Em 1952, na sua casa em Florença, Titta Ruffo foi entrevistado pelo repórter José Carlos de Moraes, o Tico-Tico, enviado especial da Rádio Bandeirantes. A fita gravada é hoje uma das relíquias do Cedom, o Centro de Documentação da emissora. 

Mês passado, Milton Parron recuperou a fita e voltou a apresenta-la. Em 52, Titta Ruffo já não cantava, mas recitou um poema, lembrou das suas visitas ao Brasil. Enviou uma mensagem aos italianos de São Paulo. Confessou: aquela era a primeira entrevista que concedia a uma emissora de rádio. Primeira e, possivelmente, a única, já que faleceu no ano seguinte.

Hoje, então, Memória focaliza três gerações: Titta Ruffo, Tico-Tico e Parron. O que cantou, o que entrevistou, o que não deixa essas coisas tão importantes se perderem. História e memória construídas. 

ETI LAURO GOMES
A foto em que Tico-Tico aparece trabalhando foi tirada em 1963, em São Bernardo, por ocasião da inauguração da Escola Técnica Lauro Gomes, a ETI. A foto é de Beltran Asêncio, o fotógrafo da cidade. Junto à mesa das autoridades, Tico-Tico e Carlos Espera, repórteres. À mesa, o presidente João Goulart, o prefeito Lauro Gomes e o arcebispo de São Paulo, dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta. 

Legenda da foto: Tico-Tico cobrindo a inauguração da ETI em São Bernardo em 1963

NAS ONDAS DO RÁDIO 

USP FM (93,7) - Memória. Entrevista com Lívio Benvenuti Junior, o Nenê, baixista do grupo musical The Clevers, posteriormente Os Incríveis. Produção e apresentação: Milton Parron. Trabalhos técnicos: Cido Tavares. Hoje, às 9h.

TRIANON AM (740) - Quinta Avenida. Hoje: big band do contrabaixista John Kirby; na segunda parte, os cantores Al Jolson e Carmen McRae; amanhã: cantor Robert Goulet. Produção e apresentação: Ronaldo Benvenga; coordenação: Lucas Neto. Hoje, às 19h; amanhã, às 9h. Na internet: www.comercialderadio.com.br e www.quintaavenida.mus.br .

Bandeirantes AM (840) e FM (90,9) - Memória. Em 1979, a emoção da votação do projeto da anistia. Produção e apresentação: Milton Parron. Divulgação: Elis Maciesza Cardoso. Hoje, às 23h, com reprise amanhã às 9h.

Pérola da Serra (87,5) - Reminiscências. Notas e notícias da Ribeirão Pires de hoje e de ontem; cantores e cantoras que marcaram época. Produção e apresentação: Américo e Lina Del Corto; e a participação de Octavio David Filho, Idmir Pedro dos Santos, Walter Gallo, Idair F. Santos, Antonio Simões, Pedro Cordeiro e Ademar Bertoldo. Amanhã das 9h às 12h. Visite o site: www.peroladaserrafm.com.br .

São Bernardo 

Câmara concede hoje, às 16h, o título de cidadão são-bernardense ao Dr. Mário Nakano, que foi o primeiro médico veterinário da cidade. A homenagem partiu do vereador Minami, presidente da Câmara. A família Nakano fixou raízes na Colônia Mizuho, do bairro Cooperativa.

NEWS SELLER HÁ 50 ANOS 

Domingo, 2 de julho de 1961 

Destaque - Inauguradas as novas instalações do Restaurante Balderi, em Santo André.

DIÁRIO HÁ 30 ANOS

Quinta-feira, 2 de julho de 1981 

Manchete - 50% ou greve: funcionários dão ultimato ao prefeito de Santo André

São Caetano - Municipalidade retira as faixas promocionais das ruas.

Sesi - Delegado Regional do Grande ABC, Cláudio Rego Fontão, justifica demissões.

Música - Grupo Raices de América apresenta novo show em São Bernardo.

Trabalhadores

Nascem em 2 de julho:

1910 - Aristides Correia de Araújo, de Sergipe. Ajudante de fabricação da Eletrocloro. Residia em Ribeirão Pires.

1919 - Júlio Gomes, de Portugal. Encanador da Rhodia. Residia à Rua Espanha, 699.

1932 - João Ferreira, de Juazeiro (BA). Ajudante de operador da IRFM. Residia à Avenida Central, em Vila Alpina.

Fonte: 1º livro geral de registro de associados do Sindicato dos Químicos do ABC.

EM 2 DE JULHO DE... 

1856 - Criado o Corpo de Bombeiros da Corte, no Rio de Janeiro, capital imperial. 

1961 - Aprovado em primeira discussão projeto de lei da vereadora Antonia de Abreu Ortega dispondo sobre a denominação de diversas vias públicas da Vila Baeta Neves, em São Bernardo.

HOJE 

Dia do Bombeiro e Dia Internacional do Cooperativismo.

SANTOS DO DIA 

Bernardino Realino, Félix, Márcia, Monegundes, Oto ou Otão de Bamberga, Pedro de Luxemburgo e Urbano.

São Bernardino Realino (Capri 1530 - Lecce 1616). Formado em Filosofia, Medicina, Direito civil e eclesiástico, a tudo abandonou para dedicar-se à missão religiosa. É o padroeiro das cidades em que nasceu e faleceu.

Fontes: Folhinha do Sagrado Coração de Jesus, Vozes, 2011; site: www.paulinas.org.br .

FALECIMENTOS

SANTO ANDRÉ

Evandro Etur Campos, 56. Natural de Araguari (MG). Dia 25, em São Bernardo. Cemitério Phoenix. 

SÃO BERNARDO

Célia Maria da Silva, 46. Natural de Quipara (PE). Dia 28. Cemitério dos Casa. 

SÃO CAETANO

Deonécio Nascimento dos Santos, 88. Natural de Coribe (BA). Dia 23. Cemitério das Lágrimas.

Alfredo Clemente, 79. Natural da Argentina. Dia 22. Cemitério da Saudade (Cerâmica).

Célio Marques Tovani, 70. Natural de São Paulo (SP). Dia 28. Cemitério das Lágrimas

Maria Josefina Pitol Fernandes, 66. Natural de Penápolis (SP). Dia 21. Cemitério São Caetano (Vila Paula). 

DINORAH DOS SANTOS
(São Bernardo 11-3-1936 - São Paulo 29-6-2011)
 

Dona Dinorah foi uma idealista. Fundou, foi a primeira presidente e dirigiu por muitos anos o Gaama (Grupo de Apoio aos Animais Maltratados e Abandonados), de São Bernardo. Amava os animais. Cuidava de cada um com muito carinho em sua chácara em Riacho Grande. E fez escola, despertando o amor a todos eles por inúmeras voluntárias e outras entidades de proteção.

Profissionalmente, formou-se bacharel em Química, com carreira na indústria Suvinil, do Grupo Basf. Sua mãe, Alzira D'Angelo, casada com Carlos Raimundo dos Santos, foi professora do Grupo Escolar de São Bernardo, que funcionava em casarão colonial que existiu na esquina das ruas Marechal Deodoro e Tenente Sales, hoje Praça Lauro Gomes.

Conhecemos dona Dinorah nas reuniões do Gaama. Séria, compenetrada, organizada, ela dirigia a entidade com verdadeira devoção, chamando a todos a participar, exigindo e cobrando das autoridades atenção a uma política humanitária voltada aos animais dispersos pelas ruas de São Bernardo. Com a mesma disposição participava dos bingos e encontros voltados à arrecadação de recursos para a causa.

Dona Dinorah partiu aos 75 anos. Era viúva de Lodovicus Dewachter. Deixa as irmãs Ligia e Marta, a filha Yara, o genro Ricardo e o neto Pedro Philipp.

Ela foi velada no Cemitério do Araçá, em São Paulo, e seu corpo encaminhado ontem ao Crematório de Vila Alpina.




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