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Saiba como se defender do estresse ao volante
Vagner Aquino
25/08/2017 | 07:06
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Cruzar a linha do portão da garagem de casa é o mesmo que ultrapassar a fronteira rumo ao estresse. Muita gente pensa assim no momento de pegar o carro, uma vez que enfrentar quilômetros e quilômetros de congestionamento é situação certa.

É isso aí. Enquanto a indústria automotiva almeja voltar à marca de 3 milhões de unidades vendidas anualmente (marco de poucos anos atrás), os motoristas se afundam em doenças como elevação da pressão arterial, batimento cardíaco acelerado e estresse.

A gestora financeira Beatriz Montemagno Cucchi, 39 anos, deixou o carro de lado há pouco mais de nove meses. Ela conta que em uma sexta-feira, na Marginal do Pinheiros (rumo a Santo André, onde mora), levou uma fechada de outro motorista. “Foi o suficiente para desencadear batimentos cardíacos extremamente acelerados e, de quebra, tive desconforto gastrointestinal. Precisei me afastar por três meses do trabalho devido a estresse. Depois disso tudo, percebi que não vale a pena comprometer a saúde por tão pouco. E essa percepção acabou me fazendo mudar detalhes da minha rotina, como, por exemplo, parar de dirigir”, conta.

Para evitar que males como o de Beatriz (e outros) batam à sua porta, uma dica importante é relaxar. Como? Quem explica é o doutor Dirceu Rodrigues Alves Júnior, diretor da Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego). “Uma saída é fugir do trânsito nos horários de pico. Também não é recomendável pegar o volante após tensão no trabalho ou em casa, pois isso acelera a descompensação mental.”

No momento da direção, além de ter ciência de que, ali, todos são parceiros de infortúnio e não inimigos, é recomendável colocar música ambiente e sentar-se de maneira confortável. Também é importante fazer alongamento e até mesmo colocar algo doce na boca.

De acordo com Alves Júnior, o aumento da frota e da pressa por parte das pessoas acaba desencadeando o estresse – cada vez mais presente na sociedade atual. E estressada, a pessoa afeta não só a si própria, mas também compromete a segurança coletiva ao trafegar pelas estradas, tornando-se imprudente. Isso pode resultar em acidentes e até mesmo mortes.

Além de desencadear vários males físicos e psicológicos, o trânsito intenso pode acarretar enfermidades como depressão, síndrome do pânico e fadiga. A fim de evitar isso, especialistas apontam que o motorista deve dirigir, no máximo, seis horas por dia (com pausas de duas em duas horas, que devem durar, pelo menos, 15 minutos). A ação melhora a circulação, diminui a tensão e a ansiedade e, consequentemente, minimiza as alterações emocionais.




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