Política Titulo Santo André
Secretária crê em aprovação de projeto que põe fim a fila

Ana Paula, titular da Saúde, diz que aval à troca de dívida por consultas e exames médicos é ‘essencial’ para a cidade

Por Evaldo Novelini
Do Diário do Grande ABC
25/03/2017 | 07:00
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Montagem/DGABC


A aprovação definitiva do projeto de lei que autoriza a troca de dívidas municipais de hospitais e clínicas privadas de Santo André por consultas e exames a serem utilizados por pacientes da rede pública é considerada pela secretária de Saúde, Ana Paula Peña Dias, “essencial” para a cidade zerar a fila de espera, atualmente em 118.620 procedimentos.

“Trata-se do único caminho para que a gente possa resolver a demanda reprimida, hoje intolerável”, sustenta Ana Paula, em entrevista concedida na sede do Diário. A Câmara aprovou a troca na quinta-feira, em primeira votação, por unanimidade. A análise definitiva está marcada para a sessão de terça-feira. A secretária diz estar disposta a explicar pessoalmente aos vereadores a importância do projeto, chamado de Fila Zero.

A proposta do prefeito Paulo Serra (PSDB), que chegou à Câmara em 16 de fevereiro, prevê a recuperação de ao menos R$ 50 milhões de débitos de ISS (Imposto Sobre Serviços) que equipamentos da rede privada têm com a Prefeitura. A ideia é abater o valor das dívidas com a prestação de serviços, cobrados de acordo com a tabela do SUS (Sistema Único de Saúde).

Ana Paula pede urgência na aprovação do projeto. “Enquanto estamos nesta batalha jurídica, que é necessária, 10 mil pessoas esperam pelos procedimentos de Saúde”, afirma a secretária. A aprovação do projeto, relata, é a “maior ação” para zerar a fila de espera, mas não a única.

Mutirões de Saúde serão realizados de 1º a 8 de abril nas unidades básicas da Vila Luzita e de Utinga. A meta é atender 8.000 pessoas, nas áreas da cardiologia, dermatologia, neurologia e reumatologia.

A titular da Pasta, que tem mestrado em Saúde Pública, assegura que o modelo de atendimento em massa implantado em Santo André resolverá o problema do paciente, sem encaminhá-lo para outra fila, uma das críticas mais comuns em mutirões. “Casamos pacotes de serviços, de modo que exames eventualmente solicitados pelo cardiologista, como eletro e ecocardiograma, serão feitos no mesmo dia.”

Outra ação será iniciada em 20 de abril. Trata-se do hospital-dia, que funcionará no Centro Hospitalar Municipal, na Vila Assunção, e para o qual serão encaminhados pacientes com necessidade de pequenas cirurgias, como varizes, hérnias (inguinal, testicular e umbilical), pedra na vesícula e nódulos dermatológicos.

“No hospital-dia, diminuem os riscos de infecção e contaminação dos pacientes”, ressalta Ana Paula, lembrando que os procedimentos realizados no local não requerem internação prolongada – a alta médica é dada no mesmo dia. A capacidade de atendimento é de 120 pessoas por mês. Atualmente, a gestão andreense está em processo de compra dos equipamentos que serão utilizados pelos profissionais. O custo gira em torno de R$ 200 mil, que virão do Orçamento próprio da Prefeitura. 




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