Cerca de 200 alunos do curso de Enfermagem da UniA (Centro Universitário de Santo André) Anhanguera realizaram um apitaço no início da noite de ontem, em frente da unidade na rua Senador Flaquer, Centro, para protestar pela não realização do estágio obrigatório para a conclusão do curso.

Com um carro de som, chegaram a fechar parcialmente a rua. Mas foram orientados pela Polícia Militar, acionada por comerciantes locais, a desobstruírem a passagem.

Segundo relatos dos estudantes, eles foram barrados, nos dias 16 e 17, na porta dos hospitais onde fazem os estágios por causa do não pagamento dos 25 profissionais que atuam como supervisores de estágio no Hospital Nardini e Hospital e Maternidade Bartira.

"Acho justa a reivindicação dos supervisores. Mas estamos sendo prejudicados. Parei de trabalhar para conseguir as 500 horas obrigatórias de estágio e conseguir me formar. Já tenho 300 e falta o restante", disse Fernanda Pivetta, 21 anos, que está no 8º e último semestre do curso. Fernanda, que paga R$ 715 de mensalidade, era vendedora e conta que não seria possível conciliar o trabalho com o estágio.

Um documento com data do dia 16, assinado pelo diretor da unidade, professor Paulo Rolim Rosa; pelo representante da coordenação, professor José Fiusa Neto e por representantes do Centro Acadêmico de Enfermagem XII de Maio, relata a situação dos profissionais que estão sem receber os meses de junho e agosto. No mesmo documento, consta que o pagamento atrasado seria feito no dia 20.

Segundo o diretor, houve um atraso por conta da forma de pagamento feita com RPA (Recibo de Pagamento Autônomo). Um novo documento foi assinado, no qual a direção se compromete a regularizar a situação hoje e os estágios retomados até amanhã.