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Bienal encoraja livreiros a continuar investindo
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25/04/2004 | 17:25
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O prestígio de determinados autores foi responsável pela arrancada nas vendas que marcou os últimos dias da 18ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, encerrada domingo. Lya Luft, Paulo Coelho, Ziraldo e o personagem Harry Potter alavancaram os números que, se não garantiram um sucesso compartilhado por todos, ao menos encorajou os mais céticos a continuar investindo no evento.

Os organizadores tinham a expectativa de receber 600 mil visitantes. De acordo com a única parcial divulgada, 343 mil pessoas passaram pela Bienal, da abertura (dia 15) até a última quarta-feira (21). Os números totais serão divulgados nesta segunda-feira.

“Sempre digo que o objetivo não é vender bem”, disse Paulo Rocco, que dirige a editora que leva seu nome. “Lógico que todo lucro é bem-vindo, mas o mais importante é estabelecer contatos que possam gerar dividendos mais duradouros.”

Alguns concordam, como Marcelo Duarte, autor e diretor da Panda Books: “Meu ganho maior foi ter feito contato com livreiros do Pará, Mato Grosso e outras regiões onde meus livros ainda não chegam”, afirmou. A grande visitação de livreiros, aliás, foi bem vista pela maioria dos editores, especialmente os médios e pequenos, que enfrentam problemas de distribuição.

Tecnologia – O evento serviu também para o público conhecer uma nova tecnologia, útil para impressão de pequenas quantidades de livro. Em sua primeira participação na Bienal, a IBM apresentou um conjunto de impressoras e equipamentos de acabamento que permitem a edição de uma obra em poucos minutos, bastando que seu autor tenha apenas o texto digitalizado em computador.

“Trata-se de uma solução de impressão sob demanda, ou seja, que permite a publicação de um livro a baixo custo unitário”, explica Ana Paula Zamper, gerente-regional da empresa. Um técnico verifica detalhes como colocação de margem. Em seguida, é escolhido o tipo de papel e a quantidade de cópias a serem feitas. O modelo exibido na Bienal opera a uma velocidade de até 85 páginas por minuto.

Segundo Ana Paula, o sistema é dedicado preferencialmente às editoras que fazem pequenas tiragens, o que permite a reimpressão de títulos esgotados ou fora de catálogo. A impressora, que deve chegar ao mercado em dois meses, é equipada com um software inviolável que controla o número de cópias e a natureza da obra, uma espécie de proteção aos direitos autorais.




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