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Evento festeja 20 anos de Hellboy

Desenhistas de Santo André apresentam suas versões do personagem

Luís Felipe Soares
22/03/2014 | 07:00
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Divulgação


Os rabiscos que Mike Mignola fazia sobre um bizarro ser demoníaco se tornaram coisa séria. O personagem do desenhista norte-americano ganhou forma mais definida e um universo fantástico em 1994, com o lançamento da HQ Hellboy – Sementes da Destruição, edição que chegou ao mercado nacional somente quatro anos depois. Um ponto importante para sua popularização foi a produção de dois filmes, que invadiram as telonas em 2004 e 2008.

Para comemorar suas duas décadas de aventuras sobrenaturais, o herói movimenta ações em diferentes partes do mundo hoje, data chamada de Hellboy Day. O braço brasileiro da festa ocorre na Quanta Academia de Artes (Rua Dr. José de Queirós Aranha, 246. Tel.: 3214-0553), na Vila Mariana, em São Paulo. A escola abre as portas para atrações que exploram a história da criatura vinda do inferno durante a Segunda Guerra Mundial e que passa a trabalhar para os Aliados no Bureau de Pesquisas e Defesa Paranormal, cuja missão é lidar com figuras como vampiros, elfos, fantasmas e outras criaturas em geral.

Entre as atividades está a exposição gratuita Hellboy 20 Anos, com versões do personagem feitas por diversos artistas. O Grande ABC está representado por alguns andreenses, casos de Alex Cói, Rafael Nunes e os irmãos Magno e Marcelo Costa. “É uma grande diversão. Participar de um evento como esse acaba sendo uma maneira de relaxar entre um trabalho e outro. Além de ser muito legal, é uma chance de trocar experiências com outros parceiros da área e falar sobre desenhos”, diz Nunes.

Uma adaptação levando em conta o contexto do aniversariante foi desenvolvida por Cói. “Na hora de desenhar também é preciso ter algo para contar por meio da ilustração, algo que valha a pena ficar pensando durante horas. Tentei abstrair o arquétipo do personagem e lidar com o conceito, brincar com a tradução do nome para o português”, diz. “Fiquei com um pouco de medo de como o pessoal ia reagir, mas parece que gostaram.”

Eles ressaltaram o talento de Mike Mignola, a quem classificaram como uma referência para sua geração. Segundo Nunes, “ele lida muito bem com a questão da simplicidade. Ao mesmo tempo em que sintetiza o desenho, tudo acaba sendo bem detalhado.” O amigo Cói recorda que aprendeu a gostar do trabalho ao longo do tempo. “Não gostava do Hellboy, pois achava ele estilizado demais. Depois aprendi que saber pegar o que é importante é maior do que o realismo. É quase uma poesia da arte de saber fazer o essencial.”

A exposição fica em cartaz na Quanta Academia por tempo indeterminado. Mais informações estão no site da escola (www.quantaacademia.com). 




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