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Hospital da Mulher
amplia cirurgias

Equipamento ganha mais uma sala e passa a oferecer também reconstrução de mama

Thaís Moraes
Do Diário do Grande ABC
17/08/2013 | 07:00
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O Hospital da Mulher Maria José dos Santos Stein, em Santo André, inaugurou ontem sua quarta sala cirúrgica e com isso ampliará o número de procedimentos cirúrgicos realizados. A novidade foi antecipada pelo Diário em março deste ano. Além disso, com a abertura do espaço, realizada ontem, a unidade passa a oferecer cirurgias de reconstrução de mama a mulheres com câncer submetidas à mastectomia.

Segundo o diretor técnico do equipamento hospitalar, Gilberto Palma, a necessidade de ampliação no atendimento foi observada por conta da demanda reprimida identificada no início do ano. “A espera mínima por cirurgia ginecológica era de 120 dias. Hoje a média é de 30 a 40 dias e esperamos que melhore ainda mais.”

Quanto às cirurgias de reconstrução de mama, a estimativa é que até o fim do ano seja realizada uma por mês. “É um serviço extremamente importante porque, com a autoestima elevada, a mulher enfrenta melhor o tratamento. A primeira paciente seria operada na quinta-feira, mas teve uma crise de bronquite e o procedimento será feito na semana que vem”, comenta Palma.

A partir de 2014, a ideia é que sejam realizadas 30 reconstruções por ano. Uma cirurgia desse porte tem custo médio para o município de R$ 10 mil, com 40% do valor reservado para as próteses.

A reconstrução da mama é feita quando a paciente perde parcial ou totalmente o órgão por conta de câncer. Em 25 de abril, entrou em vigor a lei 12.802, que obriga o SUS a fazer a cirurgia plástica reparadora logo após a retirada. Em alguns casos, isso é possível, mas em cânceres mais agressivos pode haver necessidade de intervalo entre as intervenções. Até então, o único lugar que realizava o procedimento pelo SUS (Sistema Único de Saúde) era o Hospital Estadual Mário Covas, também em Santo André.

REGIONAL

O secretário de Saúde, Homero Nepomuceno, não descarta que a cirurgia seja oferecida a mulheres de outras cidades da região. “Existe um GT (Grupo de Trabalho)de Saúde no Consórcio Intermunicipal onde a gente leva demandas para serem debatidas entre os secretários e, havendo esse consenso, não terá problema nenhum, já que o SUS é um sistema único integrado”. observa.

A fundadora e presidente da Associação Viva Melhor – Mulheres Mastectomizadas, Vera Emília Teruel, avalia a novidade como evolução no tratamento da doença. “Sabendo que vai sair da cirurgia com a mama reconstruída, a mulher fica muito mais feliz. Isso facilita o tratamento e a cura passa a ser mais provável.”

Prefeitura quer construir Casa da Gestante

A Secretaria de Saúde de Santo André planeja construir uma unidade da Casa da Gestante no município. De acordo com o secretário da Pasta, Homero Nepomuceno, a intenção é erguer o espaço no mesmo terreno do Hospital da Mulher. “Muitas mulheres com gravidez de alto risco precisam de repouso e o hospital não é o melhor local”, reconhece.

Segundo Nepomuceno, a ideia é implementar uma casa que ofereça acompanhamento profissional e possibilite a visita de familiares.

Grande parte da verba para a construção do equipamento será proveniente da Rede Cegonha, programa do governo federal para garantir atendimento à mulher durante toda a gravidez. “Dependemos desse acordo. O projeto junto ao pessoal que discute o programa na região já foi protocolado, estamos dependendo das aprovações das instâncias no SUS”, explicou.

Atualmente a Prefeitura recebe mensalmente repasse ao Rede Cegonha em torno de R$ 184 mil, investidos integralmente ao Hospital da Mulher. Quando assumiu a secretaria em 1º de janeiro, a expectativa de Nepomuceno era ampliar a oferta de exames pré-natais às gestantes, como testes de sorologia para hepatite C, ultrassom morfológico, entre outros.

“O único exame que ainda não implementamos em toda rede é o teste rápido para HIV e rubéola, realizado assim que a mulher diagnosticar a gravidez. Isso ainda não aconteceu porque é necessário treinamento e capacitação dos funcionários de enfermagem que fazem o trabalho”, justificou.  




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