A Prefeitura de Diadema assinou ontem termo de adesão ao programa Recomeço, lançado pelo governo estadual em maio. A cidade é a única da região a receber o cartão que será utilizado para financiar a recuperação de usuários de drogas, em especial o crack, em espaços particulares especializados. O município tem prazo de 60 dias para cadastrar as clínicas interessadas na parceria e implementar o projeto, que poderá beneficiar até 270 dependentes químicos.

O programa disponibiliza R$ 1.350 mensais por período no máximo de 180 dias para comunidades ou abrigos conveniados que receberão os usuários de drogas. A identificação e seleção dos pacientes será feita em parceria entre as secretarias de Saúde e Assistência Social do município, explica o secretário de Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo, Rogerio Hamam. “As entidades do entorno do município é que devem fazer o credenciamento, mas Diadema pode ajudar na identificação e motivação. A gente pretende implementar o programa nas 11 cidades contempladas em todo o Estado nos próximos 60 dias”, diz.

O programa é destinado a maiores de 18 anos que queiram ser atendidos. Em todo o Estado, serão beneficiadas 3.000 pessoas. O projeto piloto, cuja porta de entrada é via Caps AD (Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas), prevê investimento de R$ 4 milhões. Os recursos serão transferidos pelo governo para as entidades e o controle da frequência dos pacientes será feito por meio de biometria.

“Temos certeza de que as 270 vagas serão preenchidas. Agora precisamos identificar as pessoas que estão com vontade de se curar. Vou pedir a ajuda das igrejas, tanto evangélicas quanto católicas, e envolver a sociedade civil organizada nesse processo”, observa o prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV). Atualmente, a cidade atende a 345 dependentes químicos mensalmente em Caps AD.

A escolha das entidades será feita a partir de dois critérios básicos. Além de passar por vistoria do Estado, a unidade deverá oferecer protocolo de serviços e profissionais em áreas como assistência social, psicologia, terapia ocupacional e oficinas terapêuticas.

O critério para a escolha das cidades contempladas foi o tamanho da rede de referência em assistência social e saúde e a localização. Além de Diadema, participarão Sorocaba, Campinas, Bauru, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto, Presidente Prudente, São José dos Campos, Osasco, Santos e Mogi das Cruzes. O programa é coordenado pelo professor titular do Departamento de Psiquiatria da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), Ronaldo Laranjeira.

Principais vias da cidade recebem 950 lixeiras até setembro

A Prefeitura de Diadema iniciou ontem a instalação de lixeiras pelas principais vias da cidade. A meta da administração é colocar 950 itens em dois meses. Os trabalhos começaram pela Praça Castelo Branco, no Centro da cidade.

Conforme explica o prefeito Lauro Michels (PV), não houve investimento por parte da Prefeitura. “Fizemos parceria com as empresas que fazem a coleta de lixo na cidade para que pudéssemos dar cara de limpeza para a cidade”, destaca, ao enfatizar que Diadema não tem lixeiras pelas ruas.

Os equipamentos de plástico na cor azul serão instalados em pontos como a Avenida Alda, Antônio Piranga, Fábio Eduardo Ramos Esquível, entre outras. “Hoje em dia o pessoal acaba jogando lixo no chão porque os vândalos quebram as lixeiras”, observa o pedreiro aposentado Severino Lourenço, 77 anos. Para o morador da cidade, a alternativa seria construir itens mais resistentes.