Além disso, Sharon anunciou que na próxima terça-feira apresentará um calendário preciso da retirada da Faixa de Gaza e da evacuação de 8 mil colonos israelenses instalados nessa região.
"O premiê, para provar a seriedade de suas intenções, apresentará ao grupo parlamentar do Likud um calendário preciso sobre as etapas da retirada", afirmou uma fonte da presidência do Conselho, que pediu anonimato. "O primeiro-ministro se manifestou depois que o chefe da inteligência militar, general Aharon Zeevi, afirmou que (o presidente da Autoridade Palestina) Yasser Arafat não acredita em uma retirada israelense da Faixa de Gaza", acrescentou.
Até o início do mês de setembro, o governo deve adotar um projeto de lei sobre as indenizações que serão pagas aos colonos que aceitarem abandonar a Faixa de Gaza e quatro pequenas implantações do norte de Cisjordânia, informou a rádio militar.
O gabinete de segurança deve discutir a separação dos papéis entre a polícia e o exército, para determinar quem será responsável pela evacuação dos colonos que não aceitarem abandonar suas casas.
O ministro da Segurança Interior, Tzahi Hanegbi, afirmou que é contrário à participação dos policiais na evacuação "física" dos colonos, como defende o ministro da Defesa, Shaul Mofaz.
A rádio militar informou que Israel não exclui a possibilidade de entregar intacta aos palestinos uma das 21 colônias da Faixa de Gaza para que suas instalações sejam utilizadas como um hospital. O governo também estuda a possibilidade de transferir para o Banco Mundial a administração da zona industrial de Erez, principal passagem entre a Faixa de Gaza e o território israelense.
Sharon também deve apresentar o plano de retirada ao chefe da diplomacia alemã, Joschka Fischer, nesta segunda-feira, em Jerusalém.
Durante sua visita a Israel, Fischer deve conversar com seu colega israelense Sylvan Shalom, com o ministro da Defesa, Shaul Mofaz, e com o líder da oposição trabalhista, Shimon Peres.
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