Política Titulo Mudanças
Maranhão ratifica estudo de competitividade na Agência

Presidente do Consórcio cita objetivo de realizar raio x dos setores produtivos do Grande ABC

Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
11/03/2020 | 00:30
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Eleito ontem presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico em assembleia geral de prefeitos, o presidente do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC e chefe do Executivo de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão (Cidadania), confirmou proposta de contratar estudo de competitividade do setor industrial da região. Esse é o primeiro passo anunciado pela entidade após longo período sem efetividade prática.

Segundo Maranhão, a ideia é que uma instituição financeira, sem citar se é pública ou privada, faça espécie de raio x sobre os setores produtivos, como automotivo, cosmético e químico do Grande ABC, visando levantar números que possam servir de diagnóstico. O dirigente da entidade alegou, contudo, que a proposta está ainda “em fase embrionária” e que necessita de outros dados para sua concretização. “A gente vem com essa iniciativa pioneira, do desejo de trazer um banco para dentro da agência. Vamos consolidar um estudo separado por setores. Faremos esse levantamento para que possamos, de fato, realizar raio x e assim tenhamos um retrato da realidade das indústrias, dividindo por áreas”, declarou o novo presidente da agência – a assembleia dos prefeitos ocorreu na manhã de ontem. “Ainda estamos em negociação. Não posso antecipar, pois está em fase embrionária”, ponderou Maranhão.

A proposta da agência se dá em momento em que a entidade, fundada em 1998 – formada por universidades, sindicatos e associações comerciais, além de empresas privadas –, busca sua própria sobrevivência. O órgão, a princípio, deve ficar dentro do escopo do Consórcio, que chegou a paralisar repasses diretos – aproximadamente 49% da receita – para a agência, sob justificativa de adequar-se a apontamentos firmados pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado). A ideia desta vez inclui custear a estrutura do órgão no orçamento do 0,15% (percentual de rateio) da própria entidade regional.

Além de Maranhão, que ocupará de direção da agência, os gestores fecharam acordo em torno de a vaga de vice-presidente ser preenchida por nome indicado pelos sindicatos que integram a entidade de fomento. “A vice-presidência será ligada ao sindicato”, sustentou. Convite foi formalizado por Maranhão na tarde de ontem na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, ao lado de Wagner Santana, o Wagnão, e outros integrantes do segmento. O movimento sindical deve apontar o número dois até o fim da semana que vem.

Acumulando a presidência das duas entidades, Maranhão estabeleceu três projetos como prioridades deste ano para o Consórcio Intermunicipal. O inicial passa pela construção do Piscinão Jaboticabal, obra anunciada pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB) e o término do CCO (Centro de Controle Operacional), que tem intenção de gerir o trânsito em quatro corredores regionais. Já o terceiro tema é a implantação da usina de tratamento de lixo que ficará em Mauá, e deverá receber investimento de R$ 1 bilhão.

FUABC admite contratar empresa para gerir plano de compliance

Presidente da FUABC (Fundação do ABC), Adriana Berringer Stephan participou ontem da assembleia geral do Consórcio Intermunicipal e reiterou aos prefeitos possibilidade de contratação de empresa terceirizada para gerir plano de compliance que a entidade se dispôs a seguir desde o ano passado.

“Construímos esse instrumento de compliance com o apoio do servidor. Além disso, a gente vai precisar contratar uma empresa ou profissional para essa área, para tocar (o plano), porque é um projeto muito grande. Mas o compliance vem andando”, sustentou a dirigente, ao acrescentar que há em andamento um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) na instituição. Na sequência, Adriana também apresentou programa de controle orçamentário que permite à própria mantenedora ter visão geral das finanças de cada uma das mantidas, vinculadas ao orçamento.

Outra proposta é a possível implantação de uma universidade corporativa para motivar os funcionários da entidade. Segundo a presidente, a ideia é capacitar o colaborador e deixá-lo “mais orgulhoso de trabalhar na Fundação”. “Realizamos também programa de reestruturação do corpo jurídico no sentido de deixar as competências técnicas em uma parte. A primeira coisa que estamos fazendo é mapear (a Fundação) para deixar em uma forma que seja mais fácil enxergar”, disse. 




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