Turismo Titulo Ecoturismo
Cachoeira da Pedra Lisa encanta com cascata de 30 metros de altura
Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
11/04/2019 | 07:00
Compartilhar notícia


Há quem seja atraído à região de praias não por elas, mas pelas cachoeiras. E, se for o caso, São Sebastião guarda algumas belíssimas, como a da Pedra Lisa, no Ribeirão de Itu, em Boiçucanga. O acesso a ela tem nível médio de dificuldade, pois é íngreme e conta com muitas pedras em alguns pontos da trilha que leva às águas. Dá para ir por conta, mas vale a pena ir com um guia, que vai explicando as espécies de fauna e flora do local e sabe por onde é mais seguro passar e entrar na água.

O trajeto de carro ou van até a entrada da cachoeira não é dos mais bonitos, vale dizer, mas quando entramos na mata vamos deixando para trás todas as impressões ruins e, como bônus, após uns 15 minutos de caminhada, chegamos a impressionante cascata de 30 metros de altura. O barulho da queda-d’água, aliado a som persistente que parece de pássaro, mas que, segundo o biólogo Luccas Rigueiral, 25 anos, sócio da Eco Experience (www.ecoexperience.com.br), é de um tipo de rã local – algo que ele levou um tempo para descobrir – é um convite para entrar em transe e se conectar com a natureza.

Rigueiral conta que a Mata Atlântica do Parque Estadual Serra do Mar tem mais espécies de plantas e animais do que a Amazônia. “Temos cerca de 20 mil tipos de plantas, a exemplo das que vivem dentro de outras, como orquídeas e bromélias, enquanto que na Amazônia são de 12 a 16 mil”, diz, ao completar que a grande riqueza hídrica local se dá pela proximidade entre a serra e o mar, o que deixa o local extremamente úmido. E que, a propósito, é maior reserva de anfíbios do mundo, por ter poucos predadores. “Dá para combinar praia e cachoeira no mesmo dia, praia de manhã e cachoeira à tarde, por exemplo, e é ali que deixamos todo o estresse para trás. Costumo dizer que o ecoturismo é uma ferramenta de saúde física e mental.”

Quem quiser só admirar a cachoeira (meu caso), tem várias pedras para se apoiar e fotografar. Os mais animados do grupo, jornalistas dominicanos, se encantaram com a paisagem e nadaram nas (geladas) águas. E o ponto alto ficou com Rigueiral, que, pela lateral do rio, entrou debaixo da queda-d’água. “É como (literalmente) lavar a alma”, garante.

É imprescindível passar bastante repelente, pois os mosquitos não dão trégua e mesmo assim dão umas picadas. E o melhor é fazer a trilha de tênis, tanto para evitar mais picadas como para ter mais firmeza ao andar pelo caminho irregular cheio de pedras, terra e ponte. Passeio de três horas sai por R$ 50 em grupos a partir de três pessoas. Casal ou individual custa R$ 150.
 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.

Mais Lidas

;