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Exército israelense mata três jovens palestinos em Gaza
Da AFP
04/08/2004 | 20:00
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O Exército israelense mobilizou novas tropas e lançou um ataque aéreo na noite desta quarta-feira, nos arredores do campo de refugiados de Jabaliya (norte da Faixa de Gaza), para tentar impedir os disparos de foguetes artesanais Qassam contra Israel. Três jovens palestinos foram mortos.

A rádio do Exército precisou que "numerosos" tanques e veículos blindados foram mobilizados na entrada de Jabaliya, de onde foi disparada nos últimos dias a maioria dos foguetes que caíram na cidade de Sderot, no sul de Israel.

O chefe do Estado-maior israelense, general Mosheh Yaalon, disse: "enquanto os palestinos dispararem foguetes Qassam para localidades israelenses, reforçaremos e ampliaremos nossas atividades no terreno para impedir esses disparos e para atacar as oficinas onde são fabricados os foguetes".

Os foguetes Qassam são fabricados pelas Brigadas Ezzedin Al Qassam, braço armado do movimento radical Hamas. Têm um alcance de mais ou menos 10 quilômetros e podem levar uma carga explosiva de cinco quilos.

Mortes - O menino Mohamed Hicham Salem, 9 anos, foi baleado no peito morrendo em seguida, informaram médicos da cidade. A família contou que ele morava em Beit Lahya, norte de Jabaliya, e que era filho de um membro importante do movimento radical palestino Jihad islâmica.

Um adolescente de 17 anos, identificado por pessoas próximas como Waël Abou Al-Jidiane, não resistiu aos ferimentos, também no peito, causados por um tiro disparado de um tanque.

Pouco antes, um outro adolescente de 18 anos, Kassem Al Moutawaq, foi morto por disparos de soldados israelenses na mesma cidade, que abriram fogo a partir de armas automáticas e cercaram com seus tanques o centro da cidade, destacaram testemunhas.

Segundo fontes hospitalares, 17 palestinos também ficaram feridos nesta quarta-feira nas operações do Exército israelense pela quinta semana consecutiva no norte da Faixa de Gaza.

Com essas vítimas sobe para 4,218 mil o número pessoas mortas desde o início da segunda Intifada, a revolta palestina, no final de setembro de 2000, entre elas 3,221 mil palestinos e 926 israelenses.




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