A decisao afeta 42 microcolônias criadas nas colinas da Cirjordânia por judeus há aproximadamente um ano, com o objetivo de aumentar sua presença antes do início das negociaçoes sobre o estatuto final dos territórios palestinos.

O primeiro-ministro decidirá em breve a evacuaçao de algumas dessas colônias, em funçao de cinco ou seis critérios que permitirao avaliar seu caráter legal', declarou a porta-voz Merav Parsi Tzadok.

A porta-voz nao soube precisar o número exato de colônias que deverao ser desmontadas.

Porém, o ministro da Educaçao, Yossi Sarid, precisou que, de acordo com um informe do Exército, sete dessas colônias ``nao obtiveram autorizaçao e por isso sao totalmente ilegais'.

Esses colonos foram incentivados em novembro do ano passado pelo ministro das Relaçoes Exteriores da época, Ariel Sharon, que os convidou ``a ocupar as colinas, já que - lhes disse entao - tudo o que tomarmos será nosso'.

Barak declarou na última quarta-feira que nao deixará que sua política seja ``ditada' pelos colonos, que nos últimos meses tentam ampliar ilegalmente essas pequenas comunidades.

O primeiro-ministro israelense presidiu ontem a primeira reuniao da comissao interministerial sobre a colonizaçao, composta por representantes de todos os partidos membros da coalizao governamental.

Essa comissao deve tomar suas decisoes de forma unânime. Sem unanimidade, é o primeiro-ministro quem decide.

``Ontem, nao houve consenso, de maneira que o primeiro-ministro é que deverá decidir', declara Parsi-Tzadok.

Uma investigaçao realizada pelo movimento Paz Agora, contrário à colonizaçao, indica que 544 casas móveis, caravanas e containers transformados em moradias pelos colonos foram registrados nessas colônias. Paz Agora exige a evacuaçao dessas ``colônias selvagens'.