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Reforma da Língua Portuguesa já está valendo

Acordo entra em vigor hoje, mas documentos oficiais dos governos podem seguir normas antigas até 2012

Adriana Ferraz
Do Diário do Grande ABC
01/01/2009 | 07:03
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O Diário que você lê hoje já traz as novas regras estipuladas em acordo ortográfico válido para países que falam a Língua Portuguesa. Todos os textos do jornal contém as atuais normas de grafia. Entre as principais mudanças, estão a extinção do trema e algumas alterações no uso do acento agudo e circunflexo, além do hífen.

O acordo, firmado com a intenção de unificar o modo de escrever de Brasil, Portugal, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau e Timor-Leste, também oficializa mais três letras ao nosso alfabeto. Agora, o k, w e y não podem mais ser consideradas consoantes clandestinas.

Apesar de válidas, as normas podem ser implementadas paulatinamente até 2012. Apenas neste ano, todos os alunos da rede pública terão à disposição livros didáticos escritos de acordo com o acordo, segundo informa o Ministério da Educação. As obras literárias também deverão ser atualizadas, mas sem descarte das publicações antigas, armazenadas em bibliotecas, por exemplo.

A última reforma da língua aconteceu na década de 1970. A discussão sobre a necessidade de mais uma - desta vez válida para todos os países que falam Português - começou há quase 20 anos, mas demorou a sair do papel. Em Portugal, há resistência principalmente a respeito das consoantes mudas, presentes em palavras com baptismo. Todas serão excluídas.

GRANDE ABC - Por enquanto, os municípios da região pouco (ou nada) fizeram para a implementação da nova ortografia. O trabalho ficará para as administrações atuais, que tomam posse oficialmente hoje. Questionadas, as prefeituras, no final do ano passado, afirmaram que, diante do prazo de quatro anos, as alterações em documentos oficiais e em materiais distribuídos nas redes de ensino serão feitas paulatinamente. Em ano eleitoral, nenhuma das cidades destacou sequer um profissional para atender à reportagem.

A Secretaria de Estado da Educação também não apresentou uma programação de ações relacionadas à reforma da Língua Portuguesa para a rede pública de ensino. A justificativa é de que o decreto - discutido desde 1990 - é recente.




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