Economia Titulo
Segmento de home care avança cerca de 15% ao ano no Brasil
Por Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
04/01/2010 | 07:03
Compartilhar notícia


Mercado em franca expansão, a área de home care, cresce 15% ao ano, segundo estimativas do setor. O sucesso do atendimento domiciliar é atribuído, entre outros fatores, a vantagens que o segmento proporciona às operadoras de planos de saúde e também aos beneficiários.

Uma das empresas do segmento é a Confiança Médica do Brasil, que projeta expansão de 50% em seu faturamento em 2010 frente aos números deste ano - em 2009, fechará com R$ 4 milhões em vendas. Segundo o diretor da companhia, Ari Arriola, a assistência domiciliar ainda engatinha no Brasil e tem muito a crescer.

Um dos fatores de estímulo é sua recente regulamentação no País. Em maio de 2003, o Conselho Federal de Medicina aprovou resolução que estabelece regras para o funcionamento das empresas do setor. No mesmo ano, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) abriu consulta pública para criação de normas técnicas para a atividade.

Arriola destaca que, para operadoras de planos de saúde, o atendimento em casa proporciona economia de 50% a 60% nos custos médicos, quando comparado às despesas nos hospitais, e esses estabelecimentos se beneficiam com a diminuição no número de pessoas internadas. "Nem todos precisam ficar no hospital. E indo para casa, o paciente se sente melhor, ao lado da família. Isso sem falar no menor risco de infecção hospitalar", afirma.

Ele acrescenta que o conforto e o calor humano do lar também podem favorecer uma recuperação mais rápida do paciente.

A prática de utilizar o home care vem crescendo. Boa parte (73%) dos planos já oferece esse tipo de serviço, que é em sua quase totalidade terceirizado - são atualmente mais de 170 empresas especializadas no ramo.

NOVOS CONTRATOS - Atuando com remoção hospital e atendimento domiciliar, a Confiança, que se lançou no mercado há apenas oito meses, fechou recentemente contrato com a Itálica Saúde e com a LAM Operadora, além de já ter parceria com o Hospital Central de São Caetano, Hospital Sorocabanos e Garantia Saúde.

Arriola assinala que passará em breve a atender pacientes de outras duas empresas, vai reforçar investimentos na aquisição de equipamentos e veículos, e abrirá no ano que vem filial em Santo André.

O Grande ABC e a Baixada Santista são duas regiões que estão no foco da empresa, que faz atualmente cerca de 300 atendimentos por mês nos sete municípios.

ATENDIMENTO - O diretor da Confiança cita que o atendimento domiciliar é recomendado em muitos casos para idosos, vítimas de AVC, pessoas com paralisia cerebral e hidrocefalia, e os custos dos equipamentos (cama hospitalar, cilindros de oxigênio e outros itens) são arcados pelas empresas de home care. Naturalmente é preciso que esteja previsto no plano de saúde, mas as vantagens de redução de gastos são estímulos para a adoção pelas operadoras.

Paciente recebe visita de enfermeiro diariamente em casa

A moradora de Santo André Norma Ignez Trindade Jorge, 69 anos, já havia passado por uma cirurgia no joelho esquerdo, há um ano, e no mês passado, teve de submeter a outra intervenção cirúrgica, desta vez no joelho direito, por problemas de desgaste ósseo e artrose.

No entanto, na nova internação hospitalar, ela teve infecção e teve a opção de dar continuidade ao tratamento em casa.

"Quando recebi o resultado da cultura colhida na cirurgia, em que foi constatada a bactéria, entramos em contato com a Itália (a operadora de seu plano de saúde), que dá a cobertura para o home care; não pago nada mais por isso", afirma.

Norma diz que não tem do que reclamar em relação ao atendimento domiciliar, iniciado no dia 13 pela Confiança Médica. "Um enfermeiro vem diariamente fazer a medicação na veia, e três vezes por semana, vem um fisioterapeuta. Estou muito satisfeita", cita Norma, que tem ainda os cuidados de nutricionista e psicólogo.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;