Computador e informática estão na moda e na cabeça de quem trabalha com Tecnologia da Informação. No entanto, a profissão exige muito mais do que mexer em equipamentos, programas e dados. Planejamento, desenvolvimento e gestão também fazem parte das características do profissional, já que é essencial para o bom resultado da empresa ou órgão para qual faz assistência. A responsabilidade é grande.

Antes de escolher o curso é importante saber qual das muitas áreas de TI quer seguir. "Na faculdade o aluno descobre o que mais interessa e define no que quer se especializar", afirma Almir Meira Alves, professor de Redes de Computadores da FIAP.

O bacharelado (faculdade) garante formação mais completa e com melhores salários já que, em geral, cargos mais altos exigem formação universitária. Dentre os cursos direcionados ao setor, os mais recomendados são Sistemas da Informação, Engenharia da Computação, Ciência da Computação e Administração com formação específica em TI. Todos têm duração de quatro a cinco anos.

No entanto, os cursos técnicos não devem ser descartados. Cristaldo Salviano, 17, de Santo André, quis trabalhar na área após fazer curso de hardware e redes. Agora, pretende estudar Sistemas da Informação e Ciência da Computação na faculdade. "Acredito que um complementa o outro. É uma área que não para de evoluir."

Antonio Neto, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados e Tecnologia da Informação do Estado de São Paulo, acredita que vale a pena fazer o técnico antes da faculdade. "É complemento para o ensino universitário." Esses cursos são rápidos e básicos, ideais para quem deseja entrar logo no mercado de trabalho. Alguns, inclusive, podem ser feitos durante o Ensino Médio. Entre os disponíveis, estão Redes de Computadores, Banco de Dados, Análise e Desenvolvimento para Internet e Análise e Desenvolvimento de Sistemas, sendo que este último é um dos que mais oferecem vagas.

Faltam profissionais no setor - A profissão de Tecnologia da Informação é recente e precisa cada vez mais de especialistas. Hoje, faltam cerca de 100 mil trabalhadores no ramo, segundo o Sindicato da área. "Se nada for feito, faltará 1 milhão de profissionais em 2022", afirma o presidente Antonio Neto.

 necessidade é tão grande que o Ministério da Educação repassou R$ 358,6 milhões para a construção e ampliação de escolas técnicas com formação em várias áreas, entre elas TI. O presidente do sindicato garante que é fácil entrar no mercado de trabalho. "Tem empresa que até paga para o funcionário fazer curso técnico."

Dicas - O que não pode faltar a um profissional de Tecnologia da Informação é o inglês. O idioma é imprescindível porque os manuais e ferramentas de trabalho ainda não foram traduzidos. Espanhol e mandarim também são importantes. Outra dica é treinar exercícios de lógica para aprender a solucionar problemas.